A jovem Ella McEwan foi aconselhada a abandonar os estudos por apresentar um quadro grave de dislexia, um distúrbio de aprendizagem. A garota não deu ouvidos aos comentários, seguiu seus sonhos e conquistou o primeiro lugar na mais disputada universidade de artes de Londres.
Segundo uma reportagem do Independent, Ella ouviu que jamais conseguiria o GCSE (General Certificate of Secondary Education), o certificado de conclusão do ensino médio no Reino Unido.
Além de concluir o ensino médio e obter o certificado, Ella conquistou uma vaga em uma das melhores universidades de artes do Reino Unido: a University of the Arts London Chelsea College of Art and Design. Aos 18 anos, a jovem apresentou o melhor portfólio entre todos os candidatos a uma vaga na instituição de ensino e obteve o primeiro lugar.
Sabe por que o dia 11 de agosto foi escolhido para ser o Dia do Estudante? A data é celebrada desde 1927 para comemorar o centenário de fundação dos primeiros cursos de direito do país. Por essa razão, nesta data também se comemora o Dia do Advogado.Em 1827, o imperador Dom Pedro I autorizou a criação dos cursos de direito no largo São Francisco, em São Paulo, e em Olinda, Pernambuco. As faculdades foram responsáveis pela formação de futuros governantes e administradores do país
Para conseguir a vaga, Ella contou com o apoio adicional do colégio para superar as dificuldades geradas pela dislexia. Ao Independent, a universitária afirmou que os professores se esforçam para apoiá-la: "O colégio me deu confiança para me sentir confortável com a minha dislexia. Ainda há um estigma em torno das diferenças de aprendizado”.
O processo para obter uma vaga em uma universidade no Reino Unido difere do vigente no Brasil, com os vestibulares. Lá, conforme informações do British Council, os estudantes se candidatam a uma vaga no site do Ucas (Universities and Colleges Admissions Service), uma plataforma online de inscrição (ou application, em inglês) que centraliza todas as informações sobre graduação no Reino Unido.
Além da inscrição, o processo considera o histórico escolar, o certificado de conclusão do ensino médio, as recomendações escritas pelos professores e uma carta pessoal de motivação (personal statement).
“Os professores também me ajudaram na apresentação, fiz atividades como falar em webinars sobre minha experiência pessoal como disléxica e na minha apresentação destaquei a minha vida como aluna com dislexia. Amei cada minuto de toda essa experiência”, contou a jovem ao tabloide.
O diretor do colégio, Gavin Horgan, conclui: “Ella é o exemplo perfeito de alguém que superou as adversidades para alcançar seus sonhos".