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Educação

Matrículas no ensino híbrido têm aumento de 43% no pós-pandemia

Pesquisa da ABMES revela que a procura por cursos da área da saúde na modalidade híbrida (on-line e presencial) cresceu 94%

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Josafá estuda educação física na modalidade on-line
Josafá estuda educação física na modalidade on-line

Uma pesquisa realizada pela Educa Insights, em parceria com a ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), revelou esta semana um aumento de 43% no número de matrículas na modalidade híbrida em 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. A modalidade híbrida é aquela que une o ensino presencial com a educação remota.

Outro destaque que a pesquisa trouxe é que a procura por cursos na área da saúde nesta categoria (on-line e presencial) cresceu 94%. O estudante Josafá Luiz dos Santos Júnior, de 33 anos, mora em Itabaiana (SE) e cursou bacharelado em educação física pela Unit (Universidade Tiradentes), na modalidade on-line.

Segundo o estudante, a escolha do EAD (ensino à distância) se deu pela praticidade e organização do tempo. "Eu necessitava de tempo livre para trabalhar, coisa que no presencial eu não teria como. Então, consegui manter o trabalho e estudar com horários ajustados", diz.

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Ainda de acordo com o jovem, a opção pelo EAD se intensificou na pandemia. "Eu já tinha um certo interesse pelo ensino on-line, que se intensificou na tomada de decisão." Para ele, a educação à distância veio para ficar e tende a ser a sua opção para cursos no futuro. "Além da flexibilidade de horários, consegui me adaptar ao modelo de ensino, podendo afirmar que há subsídios suficientes para exercer a profissão escolhida. Ainda destaco que, através do ensino digital, tive a aproximação de profissionais e amigos do curso de diversos lugares, coisa que talvez no presencial seria mais difícil", conclui.


Os dados Censo da Educação Superior de 2020, publicado pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), também revelou que os cursos de biomedicina, fisioterapia e nutrição tiveram a migração de modalidade mais significativa entre 2018 e 2020, um crescimento de 279%, 115% e 65%, respectivamente. Seguindo a tendência, o curso de enfermagem passou de 19% de alunos on-line para 33%.

O maior interesse por cursos não presenciais é resultado do efeito da pandemia da Covid-19. Ainda de acordo com o levantamento, a modalidade era considerada como opção por 40% dos futuros universitários no contexto pré-pandêmico, e se tornou uma alternativa para 78% depois deste período.


Na avaliação do diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, os números demonstram a

aprovação do ensino EAD por parte dos estudantes. “A pesquisa mostra que os dois anos


da pandemia mudaram a cabeça dos estudantes a respeito da oferta de EAD. O interesse

deles pelas graduações não presenciais quase dobrou", esclarece. Segundo o diretor, os

cursos à distância vão continuar crescendo mais rápido que os tradicionais. "Os jovens

‘provaram’ do modelo híbrido e gostaram e, portanto, hoje têm mais interesse nessa

modalidade não presencial do que tinham antes da pandemia”, comenta.

Confira os cinco cursos com mais matrículas na modalidade EAD da área da saúde, segundo o estudo da ABMES no primeiro semestre de 2022:

1. Biomedicina

2. Fisioterapia

3. Educação física

4. Farmácia

5. Nutrição

*Estagiário do R7 sob supervisão de Fabíola Glenia

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