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Educação

'Não admito questões de gênero em livros didáticos', diz ministro

Declaração foi dada por Milton Ribeiro durante o lançamento do cronograma para implantação do Novo Ensino Médio

Educação|Do R7

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um balanço do primeiro ano de sua gestão no MEC
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um balanço do primeiro ano de sua gestão no MEC

Ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou que não admite questões de gênero em livro didáticos para crianças de 6 anos, além de fazer um balanço do primeiro ano de sua gestão à frente do MEC (Ministério da Educação) em discurso em cerimônia de lançamento do cronograma para a implantação do novo Ensino Médio no país, no auditório do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), nesta quarta-feira (14).

"Não vou permitir que em livros didáticos a gente posso levar questões de gênero para crianças de 6 anos de idade, tudo tem o seu tempo certo, não podemos violentar a inocência das crianças" declarou. "Respeito as decisões dos adultos, mas discordo de falar para uma criança que ela pode ser menino ou menina aos 6 anos de idade, esse é um compromisso de valores que nosso governo tem e não vamos abrir mão."

"Temos 38 milhões de alunos na educação básica pública no país, alguns países não tem esse número de habitantes, tenho 54 mil escolas rurais que não tem eletricidade, 4 mil escolas sem água e 3 mil sem esgoto, mas só se pensa em internet e o que eu estava querendo dizer quando apoiei o veto (presidencial à internet nas escolas) é que temos de trabalhar com cautela, temos responsabilidade com recurso público", declarou ao fazer um balanço do primeiro ano à frente do MEC.

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Ribeiro também voltou a pedir o retorno das atividades presenciais e destacou que o novo Ensino Médio deve melhorar os indíces de avaliação da educação do país. "Acredito nesse projeto e tenho certeza que será muito importante para os estudantes de todo o Brasil."


Novo Ensino Médio

A portaria publicada nesta quarta-feira orienta os estados e o Distrito Federal quanto aos procedimentos que deverão ser cumpridos no próximo ano, quando o novo ensino médio passa a ser obrigatório no país. A proposta é apoiar o processo de execução dos currículos escolares alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

"O MEC tem ofertado apoio técnico e financeiro a todas as secretarias e ampliação da educação integral no país e nesta portaria foi lançado o cronograma de ações para o novo ensino médio, orienta as secretarias quanto aos procedimentos e prazos para implementação dos itinerários formativos, além da ampliação da carga horária, prazo de entrega para o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) e formação dos profissionais da educação", destacou o secretário da Educaçao Básica do MEC, Mauro Rabelo.


Rabelo informou também que nas próximas semanas o "MEC lançará novo programa para a implementação do itinerários formativos, via programa dinheiro direto nas escolas".

Durante o evento, também foram apresentados vídeos de campanha publicitária para o novo ensino médio.


O lançamento contou com a participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e secretários de Educação Estaduais e Distrital, representantes do CNE (Conselho Nacional de Educação), governadores, representantes das Comissões de Educação da Câmara e do Senado e representantes do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação).

O presidente da República, Jair Bolsonaro, participaria do lançamento do cronograma, mas sentiu dores abdominais e foi internado no Hospital das Forças Armadas nesta manhã. O ministro Milton Ribeiro, também reverendo da igreja Presbiteriana, abriu o evento com uma oração pedindo pela saúde e vida de Bolsonaro. 

O que é o novo Ensino Médio

O novo Ensino Médio passa a valer em 2022. A proposta é atualizar o currículo escolar alinhando a formação de estudantes brasileiros de acordo com as diretrizes para o século 21, como já ocorre em outro países.

Dessa maneira, os alunos do ensino médio devem ter a formação em um currículo baseado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), em quatro áreas do conhecimento (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas). E 40% da carga horária será destinada a escolha de itinerários formativos para o aprofundamento em uma ou mais áreas ou para a formação técnica.

A proposta é dar mais autonomia aos alunos para que possam escolher aprofundar o conhecimento nas áreas que têm mais aptidão e que estejam alinhadas ao projeto de vida de cada um. Essa formação se dará pelos itinerários formativos.

De acordo com o MEC, os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher no ensino médio. Os itinerários formativos podem se aprofundar nos conhecimentos de uma área do conhecimento (Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e da formação técnica e profissional (FTP) ou mesmo nos conhecimentos de duas ou mais áreas e da FTP.

As redes de ensino terão autonomia para definir quais os itinerários formativos irão ofertar, considerando um processo que envolva a participação de toda a comunidade escolar.

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