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'Novo Enem valorizará a capacidade de reflexão e análise dos estudantes', diz ministro 

Milton Ribeiro apresentou o resultado do grupo de estudos criado para o exame, alinhado à reforma do ensino médio

Educação|Karla Dunder, do R7

Ribeiro: 'Novo Enem é marco na educação'
Ribeiro: 'Novo Enem é marco na educação' Ribeiro: 'Novo Enem é marco na educação'

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, apresentou nesta quinta-feira (17) o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), alinhado às mudanças promovidas pela reforma do ensino médio. As mudanças valerão a partir de 2024.

"O Enem precisa acompanhar a evolução da educação brasileira, das avaliações internacionais e a reforma do ensino médio, e valorizará ainda mais a capacidade de reflexão e análise, além de contemplar a flexibilidade curricular. Os estudantes que escolherem o ensino técnico também estarão mais próximos do ensino superior", destacou o ministro Milton Ribeiro.

Como foi antecipado pelo CNE (Conselho Nacional de Educação), o Enem será realizado em duas etapas. A primeira reforça a capacidade de análise do estudante com ênfase em língua portuguesa e matemática, mas de forma integrada. A segunda etapa terá questões ligadas à área escolhida pelo estudante entre quatro opções alinhadas aos itinerários formativos e de acordo com sua opção de estudo no nível superior. Pode ser uma de quatro áreas: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática.

Os estudantes que optarem pelos itinerários de formação técnico-profissional terão uma bonificação. Segundo Mauro Rabelo, diretor da Secretaria de Educação Básica, "o estudante fará a prova de acordo com o curso superior que deseja, mas sua nota terá uma ponderação de acordo com sua formação e a aderência ao curso superior pretendido". O MEC (Ministério da Educação) deve elaborar uma tabela com sugestões para as instituições superiores.

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A redação permanece com grande peso na prova. A língua inglesa estará presente como língua obrigatória, mas integrada às demais áreas, como no enunciado de uma questão, por exemplo. Os formatos de itens também serão ampliados, não apenas as alternativas, como ocorre no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). 

"Essa proposta foi cuidadosamente elaborada por meio de um processo intenso de negociação com um grupo de trabalho organizado desde julho de 2021", destacou Ribeiro. Nessa linha, também foi anunciada a criação de um comitê de governança por representantes do MEC, Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Institutos Federais, educação fundamental privada, para que seja realizada uma "avaliação com transparência", como destacou o ministro. 

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Ribeiro também destacou que o "MEC trabalha para ampliar a oferta de formação técnica e tecnológica no país" e deve apresentar na próxima semana um documento com diretrizes para a ampliação do ensino técnico no país. "Cursos técnico e superior devem conversar, o conhecimento adquirido no ensino técnico não pode ser ignorado para acessar o ensino superior", afirmou Ribeiro.

Entenda

Na última segunda-feira (14), o CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou um documento com as mudanças previstas para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que valerão a partir de 2024. O texto aprovado prevê que o exame tenha questões discursivas e uma segunda etapa focada na área de conhecimento escolhida pelo estudante no ensino médio.

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A ideia do CNE é adaptar o Enem à proposta do novo ensino médio. De acordo com o documento aprovado, a primeira etapa do exame será composta de perguntas gerais alinhadas à BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e uma redação. Pelo texto, o novo Enem terá questões discursivas e de múltipla escolha distribuídas entre essas duas etapas.

Já a segunda etapa terá perguntas direcionadas à área de conhecimento (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática) escolhida pelo estudante nos itinerários formativos do novo ensino médio. 

Após a divulgação desse documento, o MEC enviou uma nota em que afirma que as mudanças só passarão a valer após homologação da pasta.

Por meio de nota, o ministério informou que "as atualizações do novo Enem são objeto de discussão, desde dezembro de 2021, de um Grupo de Trabalho presidido pelo SEB (Secretário da Secretaria de Educação Básica) e que possui representantes da sociedade civil e de órgãos como o CNE (Conselho Nacional de Educação) e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)".

De acordo com as informações do MEC, o grupo já realizou 12 reuniões "para chegar a um modelo de consenso entre especialistas e representantes das redes estaduais, universidades e institutos e o próprio CNE". O ministério ressaltou que a "decisão sobre o novo Enem somente ocorrerá após a conclusão desse Grupo de Trabalho e será amplamente divulgada à sociedade. O parecer do CNE lançado ontem antecipou discussões ainda em andamento no GT, do qual o CNE também faz parte".

Na nota, a pasta esclarece que "o novo Enem materializa as diretrizes legais da reforma do Ensino Médio, já em vigor, e da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Sua atualização será fundamental para garantir aos entes federativos e às instituições privadas de ensino maior segurança na implementação do novo Ensino Médio".

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