Polícia indicia 23 pessoas por desvios de recursos da UFSC
Decorrente da Operação Ouvidos Moucos, investigação concluiu que professores e funcionários da instituição agiam no esquema
Educação|Do R7
A PF (Polícia Federal) indiciou 23 pessoas por desvios de verbas em cursos de EaD (Educação a Distância) na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Decorrente da Operação Ouvidos Moucos, a investigação concluiu que professores e funcionários da instituição agiam no esquema.
Eles devem ser indiciados pelos crimes de concussão, peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, além de outras tipificações.
A Ouvidos Moucos caiu em uma grande polêmica depois que o ex-reitor da universidade Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que chegou a ser preso por suspeitas de participação no esquema, se suicidou em um shopping de Florianópolis.
O relatório parcial do inquérito, assinado pelo delegado Nelson Napp em 18 de abril, indica apenas a tipificação das condutas criminosas e à indicação dos respectivos autores. Após concluir o inquérito por inteiro, a peça será encaminhada ao MPF (Ministério Público Federal), que decidirá se denuncia ou não os indiciados pela PF.
O documento não indica o montante que teria sido desviado da UFSC, nem a materialidade das condutas e o nexo de casualidade, que, segundo o delegado, serão expostos em outro relatório a ser oferecido em outra ocasião. A operação foi deflagrada há sete meses e tinha como foco repasses oferecidos pelo programa UAB (Universidade Aberta do Brasil) na UFSC que totalizam cerca de R$ 80 milhões.
Defesa
O chefe de gabinete da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, Áureo Moraes, afirmou ao Estado que a universidade não recebeu nenhuma notificação oficial e que a única informação que eles tem foi divulgada pela imprensa, de forma oficiosa. Moraes ressaltou a necessidade de se dar um tratamento institucional ao caso por parte da Polícia Federal.