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Educação

R$ 1.650 de inscrição e Fies limitado: os bastidores do drama de quem quer cursar medicina

Altos custos começam ainda antes de entrar na universidade, com a maratona de provas; depois, a mensalidade é o desafio

Educação|Do R7

Inscrições de vestibular de medicina podem somar mais de R$ 1.650
Inscrições de vestibular de medicina podem somar mais de R$ 1.650

Um dos cursos mais concorridos no Brasil apresenta altos valores mesmo antes de o estudante entrar na universidade.

As taxas dos vestibulares de medicina ultrapassam os R$ 100 e podem chegar, somadas, a R$ 1.659, caso o aluno queira prestar todas as principais provas.

Mesmo que a maioria ofereça possibilidade de isenção total ou parcial, muitos estudantes não tem acesso à solicitação ou não se encaixam nos critérios exigidos.

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Para a realização de provas nas instituições mais tradicionais, como Santa Casa, Unifesp, Fuvest, Unesp, Unicamp, PUC-SP, Famerp e Famema, sem contar o Enem, um estudante precisa desembolsar R$ 1.659.


Veja os valores de cada vestibular

- Santa Casa: R$ 330 para candidatos da modalidade ampla concorrência; R$ 120 para candidatos da modalidade cota social

- Fuvest: R$ 191 (possibilidade de isenção)


- Universidade Federal de São Paulo: R$ 144 (possibilidade de isenção)

- Universidade Estadual Paulista: R$ 192 (possibilidade de isenção)

- Universidade Estadual de Campinas: R$ 192 (possibilidade de isenção)

- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: R$ 180 

- Enem: R$ 85 (possibilidade de isenção)

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto: R$ 165

- Universidade Federal de Santa Catarina: R$ 100

- Universidade Federal do Rio Grande do Sul: R$ 260 (possibilidade de isenção)

Universidade Estadual do Ceará: R$ 150 (possibilidade de isenção)

Fies não dá conta

Depois da maratona de provas, o desafio é conseguir pagar as mensalidades do curso. Caso o aluno não tenha conseguido uma concorrida vaga nas universidades públicas, ele terá de desembolsar, em geral, de R$ 5.000 e R$ 15.000 por mês em uma instituição privada.

A esses valores ainda são somados os custos de material, moradia, alimentação e transporte, já que grande parte dos alunos precisa mudar de cidade para estudar.

Outra dificuldade é a financiar os estudos por meio do Fies, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

Enquanto as faculdades privadas cobram mais de R$ 10 mil por mês, o programa financia, no máximo, R$ 8.800. Essa diferença precisa ser paga pelos estudantes mensalmente, o que pesa no orçamento dos jovens mais pobres.

De 2010 a 2015, o Fies financiava a mensalidade inteira dos alunos. Depois disso, a regra mudou, de acordo com renda familiar do estudante. Quanto menor o salário médio da família, maior a mensalidade que poderá ser paga só depois da formatura.

VEJA TAMBÉM: Vestibulares de inverno têm mais de 5.000 vagas: confira os prazos e os valores de inscrição

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