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Recém-formados sofrem para conquistar o primeiro emprego

Especialistas explicam qual o impacto da falta de experiência profissional no mercado e como driblar as dificuldades para conquistar uma vaga

Educação|Karla Dunder, do R7

Daniela busca trabalhar na área
Daniela busca trabalhar na área Daniela busca trabalhar na área

O desemprego atinge 12,6 milhões de brasileiros segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua) do IBGE, e os jovens, mesmo aqueles com diploma universitário, engrossam esses números.

Os dados mostram que a taxa de desemprego entre os jovens brasileiros com idade de 18 a 24 anos é mais que o dobro da taxa da população em geral. Enquanto a taxa geral ficou em 12,4% no segundo trimestre, entre os jovens esse percentual salta para 26,6%.

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Daniela Ora Santos fez faculdade de tecnologia e marketing em uma universidade particular de São Paulo, mas mesmo com o diploma na mão, a jovem de 30 anos continua à procura de um emprego em sua área.

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“Trabalhei em um salão de beleza por 5 anos, comecei como recepcionista e depois passei a cuidar das redes sociais e mídias digitais, mas percebi que ali não havia espaço para crescer profissionalmente”, conta. “Decidi largar o emprego para tentar algo na minha área, mas faz meses que estou procurando e está muito difícil.”

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Enquanto procura um emprego formal, Daniela faz alguns trabalhos pontuais de casa. “Minha maior dificuldade é que não tenho experiência na minha área, mas como terei se não consigo uma oportunidade?”.

Para Fernando Gaiofatto, gerente de Catho Educação, o número alto de jovens que estão desempregados tem motivo: a “retração do mercado e um aumento do número de pessoas formadas na graduação nos últimos anos”. Como explica Gaiofatto, com menos vagas disponíveis, as empresas priorizam contratar profissionais que tenham mais experiência e que são mais qualificadas. “Esse cenário atinge em cheio os recém-formados e aqueles sem qualificação.”

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Wilma Dal Col, diretora do ManpowerGroup, orienta que os jovens universitários devem aproveitar as experiências acadêmicas para mostrar suas competências. “É um exercício trabalhoso, mas ao mesmo tempo simples: os jovens devem pensar em três situações bem-sucedidas, avaliar como aquele trabalho ou projeto foi realizado, quais lições tirou dali”, diz.

Esse processo também ajuda o recém-formado a descobrir suas habilidades e confere mais segurança para uma entrevista. “Não adianta sair cadastrando o currículo em todos os lugares, é preciso se planejar, elencar as competências, avaliar as áreas com mais oportunidades e quais empresas se adequam melhor ao perfil, desta forma, o jovem irá mais seguro para uma entrevista.”

Outra dica valiosa para os universitários e recém-formados que buscam emprego é o bom e velho network. Frequentar fóruns, conhecer pessoas da área, estabelecer um relacionamento próximo, não apenas nas redes sociais.

“Importante destacar que as empresas buscam profissionais que saibam se relacionar e que sejam flexíveis”, conclui.

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