Revalida 2023: 9 em cada 10 candidatos não passam para a segunda etapa da prova

A Bolívia foi o país com o maior número de aprovados na última fase do segundo semestre do ano passado, seguida por Cuba

Educação|Vivian Masutti, do R7

25/05/2023 - 02h00 (Atualizado em 29/03/2024 - 06h34)

Dados fornecidos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mostram que 8,7 em cada dez médicos formados no exterior que tentaram validar seu diploma para atuar no Brasil, por meio do Revalida, não passaram para a segunda etapa no primeiro semestre deste ano.

Dos 9.236 presentes, só 1.217 foram para a fase seguinte, que exige avaliações práticas. Isso representa uma aprovação de 13,18%. No segundo semestre do ano passado, esse índice foi ainda menor: somente 12,75% dos 7.004 concorrentes passaram na primeira etapa do concurso. Desses, só 14,07% avançaram após a segunda fase: 265 candidatos.

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Aconteceu hoje, em doze capitais do país, o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos). A prova é obrigatória para os médicos que se formaram no exterior possam atuar no Brasil. Esse ano, 1.772 médicos participaram do exame

Aplicado desde 2011, este ano o Revalida atraiu maior atenção devido à polêmica surgida com a iniciativa do governo federal de autorizar profissionais de outros países a atuarem em regiões onde faltam médicos na rede pública de saúde sem se submeterem à prova

Entre as cidades que realizaram a prova estão Brasília (DF); Campo Grande (MS); Curitiba (PR); Fortaleza (CE); Rio de Janeiro (RJ), além de São Paulo (SP). A prova é dividida em duas partes, das 8h às 15h os candidatos fazem 110 perguntas de múltipla escolha. Das 15h às 18h os médicos resolvem cinco questões discursivas

Candidatos ouvidos pela Agência Brasil comentaram que seria melhor se o exame acontecesse em dois dias

Daniel Santos Rodrigues Martins, formado em Cuba há três anos, comentou que o nível [de dificuldade] da prova é bom, nem fácil, nem tão difícil.

— O complicado mesmo é que ela é cansativa, principalmente por ser feita em um único dia

Também formado em Cuba, Luiz Fernado Farias Bispo regressou ao Brasil há poucos meses e faz o Revalida pela primeira vez.

— Fui para Cuba atraído pelo reconhecimento mundial da qualidade do sistema de saúde cubano e pela atenção que, lá, se dá à atenção primária. Fui indicado por um partido [político], fiz a prova na embaixada cubana e me mudei”, contou Bispo, para quem a polêmica em torno da vinda de médicos estrangeiros e a liberação destes de fazerem o Revalida é fruto de uma “briga política

Já para Mayara Vaz Davico, que se formou na Argentina, terra natal de seu pai, o mais correto seria que todos os profissionais formados no exterior fizessem o Revalida, inclusive para contornar qualquer polêmica.

— Até porque, se depois dos três anos de contrato algum deles quiser ficar no país, vai ter que fazer e revalidar o diploma

Em Brasília (DF), onde 148 médicos prestam a prova, os portões foram fechados às 8h e, até as 8h30, nenhum inscrito havia chegado atrasado

Aconteceu hoje, em doze capitais do país, o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos). A prova é obrigatória para os médicos que se formaram no exterior possam atuar no Brasil. Esse ano, 1.772 médicos participaram do exame

A Bolívia foi o país com o maior número de aprovados na etapa final do segundo semestre de 2022. Foram 612. Na sequência vêm Cuba, com 512 no mesmo período, e Paraguai, com 409.

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Hoje, o candidato precisa desembolsar R$ 4.516,09 para fazer as duas provas do Revalida. A sigla significa Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeir a.

Se não forem aprovados, os brasileiros ou estrangeiros graduados em medicina em outros países não podem solicitar o registro nos conselhos regionais de medicina, CRM.

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A nota de corte para o teste das habilidades clínicas do Revalida foi anunciada na quinta-feira, dia 18: os participantes da segunda etapa deste ano precisam tirar o mínimo de 60,722 pontos de 100, a nota máxima, para serem aprovados.

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O Revalida tem duas fases: a primeira é uma prova escrita, que possui questões objetivas e discursivas, e a segunda, um exame prático, que simula atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) para testar as habilidades dos candidatos.

A prova de habilidades clínicas deste ano está marcada para os dias 24 e 25 de junho. O exame é estruturado em dez estações, em que o participante deverá realizar tarefas específicas das cinco grandes áreas: clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia, e medicina da família e comunidade – saúde coletiva.

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Cada estação da prova de habilidades clínicas será pontuada de zero a dez, somando a nota máxima de cem pontos para o conjunto das dez estações. O cronograma completo da segunda etapa do Revalida 2023 pode ser conferido aqui.

O Revalida foi criado em 2011 para centralizar a validação de diplomas estrangeiros de medicina. Antes, isso era feito diretamente pelad universidades públicas brasileiras, cada uma com um método diferente.

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Os estudantes precisam escolher já na inscrição qual modalidade de prova quer fazer: se a versão impressa ou pelo computador

Rotina de estudo: falar em rotina pode dar a falsa ideia de algo monótono ou chato, mas o planejamento de estudo é fundamental, principalmente neste último trimestre. Os estudantes devem revisar o que foi estudado ao longo do ano, dar prioridade às matérias em que têm mais dificuldade e tirar as dúvidas

Competência 5: proposta de intervenção

É definida como a
capacidade de "elaborar proposta de intervenção para o problema abordado,
respeitando os direitos humanos". São cinco os elementos que devem ser
apresentados para completar essa proposta: ação, agente, modo/meio, efeito e
detalhamento. Para gabaritar nesse critério, é necessário apresentar todos eles
de forma consistente. Resumidamente, você deve explicar o
que precisa ser feito para minimizar o problema (ação), indicar quem fará essa
ação (agente), definir como será executada (modo/meio) e o que se espera com essa
execução (efeito). Dê os detalhes de alguns desses cinco elementos que julgar mais
importantes. Por fim, forneça exemplos práticos e coerentes de aplicação das
soluções apresentadas

E TEM MAIS: Dificuldade para estudar? Confira 5 perfis de 'studygrammers' para se inspirar e arrasar nos exames

1- Estudar com regularidade: É fundamental seguir uma rotina de estudos. O ideal é estudar um pouco todos os dias. A melhor estratégia é, mesmo que com pouca disponibilidade de tempo, estabelecer o hábito de revisar os conteúdos diariamente. "A Fuvest é um vestibular muito tradicional e muito importante para estudantes de todo o Brasil e em cem dias dá para refinar muito conteúdo", diz André Freitas, gerente de projetos pedagógicos do Sistema pH de Ensino

Temas recorrentes: vale revisar ou estudar assuntos que costumam cair no Enem com frequência, como ecologia, probabilidade e estatística e escravidão. Em cada área do conhecimento há um tema que se repete, daí a importância de fazer as provas de edições anteriores

Filosofia e sociologia: essas matérias são normalmente negligenciadas na rotina da maioria dos estudantes, mas são cobradas no exame e estão presentes em questões da prova de humanas. Acertar essas questões pode garantir uns pontos a mais na prova. Vale ficar de olho em temas como sociedade, cultura, cidadania, política e ética. Os professores lembram que as provas do Enem são montadas com base em um banco de questões; portanto, assuntos de atualidades específicos não costumam cair

Uma das maiores dificuldades da atualidade é enfrentar a ansiedade, uma doença que está cada vez mais comum em pessoas das mais variadas idades. Por isso, juntamos 10 dicas para você se sentir melhor e ficar bem com você mesmo. Confira!

Busque apoio profissional e de pessoas próximas Ter apoio psicológico é fundamental para aliviar a pressão e cuidar da saúde mental. "Lembre-se de que o Enem é uma etapa importante em sua jornada educacional, mas não define seu futuro", declara Mirthis. No Setembro Amarelo, mês destinado à conscientização da prevenção ao suicídio, saber lidar com as frustrações pode ajudar a superar as angústias *Sob supervisão de Vivian Masutti LEIA TAMBÉM: Mau ou mal? Professor fenômeno da internet aponta os sete erros de grafia mais comuns do português