Aécio promete “superministério” da agricultura para 1º dia de governo
Na CNA, candidato do PSDB deu mais detalhes sobre plano de reduzir número de ministérios
Eleições 2014|Do R7

Após dizer que pretende criar o Ministério da Infraestrutura se eleito presidente do Brasil, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) prometeu a uma plateia de produtores rurais nesta quarta-feira (6) um “superministério” para a agricultura.
Durante sabatina na CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil), o candidato do PSDB à Presidência disse que a futura pasta deve reunir áreas como agricultura, pecuária, pesca e abastecimento, entre outras. Uma das principais propostas de Aécio nesta campanha é reduzir o número de ministérios, que atualmente está em 39.
O candidato tucano começou sua participação na sabatina da CNA alfinetando o adversário Eduardo Campos, que tem como vice na chapa a ex-senadora e ambientalista histórica Marina Silva — Campos antecedeu Aécio no evento.
— Não há nada mais agradável e confortante para um candidato à Presidência do que poder caminhar com a mesma coerência e dizer as mesmas coisas que disse ao longo de sua vida e com suas mesmas crenças.
“Vou tirar o Ministério da Agricultura do balcão dos políticos”, diz Campos
Aécio disse aos produtores rurais que “não fossem os senhores e outros produtores, a situação do Brasil do ponto de vista econômico seria ainda pior”. Segundo ele, “da porteira para dentro, o Brasil é imbatível”, mas é preciso destravar os gargalos para que os potenciais do agronegócio brasileiro sejam atingidos.
— A prioridade zero do nosso governo será declarar guerra ao Custo Brasil. Nenhum esforço de governo terá consequência objetiva se não resgatarmos a capacidade competitiva de quem produz no Brasil. O agronegócio não vai bem por causa do governo, mas apesar do governo.
Entre as metas apresentadas pelo senador tucano está expandir o seguro rural para 60% da área plantada no Brasil nos próximos quatro anos. O candidato também falou em recuperar o setor de biocombustíveis e etanol no País e em “resgatar a segurança jurídica no campo, com clareza, com coragem”.
Segundo o senador, as fazendas invadidas não serão desapropriadas por um prazo de dois anos e, em seu governo, será respeitado o direito de propriedade. Além disso, se ele for eleito, a política externa será tratada com pragmatismo, sem ideologia, já que "política externa é comércio, é negócio".