MST ocupa fazenda de senador candidato ao governo do Ceará
Em nota, equipe de Eunício Oliveira garante que a propriedade rural de Goiás é produtiva
Ceará|Da Agência Brasil
Trabalhadores sem-terra ocuparam, na madrugada deste domingo (31), uma fazenda localizada entre as cidades goianas de Alexânia e Corumbá (GO), a cerca de 150 quilômetros de Brasília. A fazenda pertence ao senador e candidato ao governo do Ceará Eunício Oliveira (PMDB).
Segundo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a propriedade tem cerca de 20 mil hectares e abriga a Agropecuária Santa Mônica. Um hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial.
A assessoria do senador confirmou que a fazenda ocupada pertence ao parlamentar. Em nota, a equipe de Oliveira garante que a propriedade rural, localizada entre as cidades goianas de Alexânia e Corumbá, é produtiva e opera há mais de 25 anos em uma região livre de conflitos agrários.
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A mensagem assegura também que a Fazenda Santa Mônica cumpre todas as normas da legislação tributária, trabalhista e ambiental, razão pela qual o grupo classifica a ação do MST como “um ato surpreendente”.
— Confiamos na atuação das autoridades, em todas as esferas de responsabilidade, no sentido de, o mais rápido possível, apresentarem soluções pacíficas para o caso.
Assessores do senador informaram à reportagem que um representante legal da Agropecuária Santa Mônica está se deslocando para o local.
Segundo o MST, a ocupação visa a alertar a sociedade para o fato de que a maior parte dos deputados e senadores da atual legislatura representa os interesses dos grandes produtores rurais, em detrimento dos produtores familiares e trabalhadores do campo, de onde famílias são expulsas pela especulação fundiária.
3 mil famílias
De acordo com o MST, a ação dessa madrugada é a maior feita pelo movimento em Goiás nos últimos dez anos. O movimento garante que ao menos 3 mil famílias participam da ocupação. Ainda de acordo com o movimento, a iniciativa visa a alertar a sociedade para o fato de que a maior parte dos deputados e senadores da atual legislatura representa os interesses dos grandes produtores rurais, em detrimento dos produtores familiares e trabalhadores do campo.