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Eleições 2014

Investigado no mensalão tucano, Azeredo diz que participará da campanha de Aécio

Ele é acusado de receber dinheiro de Marcos Valério para o caixa 2 de sua campanha eleitoral

Eleições 2014|Do R7

Eduardo Azeredo estava sumido desde que renunciou ao mandato
Eduardo Azeredo estava sumido desde que renunciou ao mandato

Sem participar de agendas oficiais desde que renunciou ao cargo em fevereiro, o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) compareceu na última segunda-feira a evento no qual foram confirmados os nomes da chapa aliada do atual governo de Minas que disputará o Executivo estadual e afirmou que participará das campanhas tucanas em Minas e para a Presidência da República.

— Sou fundador do partido. Vou defender o Pimenta e o Aécio.

Ele referia-se, respectivamente, ao ex-ministro Pimenta da Veiga, que disputará o governo mineiro, e ao senador Aécio Neves (MG), que representará o tucanato na corrida presidencial.

— Estou participando e vou continuar participando porque tenho muito mais condição moral que muita gente que está por aí.


Aécio e Pimenta também falaram sobre a presença do ex-deputado na campanha, mas nenhum dos dois quis entrar em detalhes. Segundo Aécio, o ex-deputado participará da campanha presidencial "da forma que ele achar adequada". Questionado sobre a presença do correligionário nos palanques, mudou de assunto.

— Vamos falar de Minas, vamos falar do Brasil. Isso aí eu já respondi.


De forma semelhante, o ex-ministro disse que Azeredo participará da campanha pelo governo de Minas "como for conveniente".

— Pesam contra ele acusações. Nunca foi condenado por nada.


Ao ser perguntado como seria a participação conveniente, afirmou que "ninguém está interessado nesse assunto, quer saber como vai ser o próximo governo".

Azeredo renunciou ao mandato após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir condenação a 22 anos de prisão para o então parlamentar pela acusação de seu envolvimento no esquema conhecido como mensalão mineiro ou valerioduto tucano, por causa da participação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

O caso ocorreu em 1998 e, segundo a acusação, consistiu em desvio de recursos de estatais mineiras para financiar a campanha pela reeleição de Azeredo, então governador de Minas.

Com a renúncia, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu enviar o processo contra o tucano para a primeira instância. Em sua defesa, Azeredo alega inocência e afirma que a acusação é baseada em provas "forjadas" pelo lobista Nilton Monteiro, que está preso.

Azeredo disse que renunciou porque "não queria prejudicar ninguém". Ele não fez referência e nenhum nome e citou apenas seus "companheiros". O então deputado deixou o cargo um dia antes de evento no qual foi confirmado o nome de Pimenta da Veiga — que foi indiciado pela Polícia Federal por ter recebido R$ 300 mil das empresas de Marcos Valério — para a disputa pelo governo de Minas. Azeredo não participou do ato.

— Estava muito sentido mesmo. Quem tem moral, vergonha na cara, fica sentido quando é injustiçado. Tinha sido injustiçado e não estava bem de saúde.

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