"Não faremos nada antes de falar com Renata e Marina", diz presidente do PSB
Ex-senadora e viúva de Eduardo Campos são cotadas para compor chapa do PSB à Presidência
Eleições 2014|Diego Junqueira, do R7, enviado especial a Recife

O PSB começou a discutir oficialmente nesta segunda-feira (18) a composição da chapa Unidos pelo Brasil para a eleição presidencial deste ano. No dia seguinte ao enterro do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, lideranças do partido se reúnem em um centro de convenções no Recife para definir os nomes dos candidatos a presidente e vice da chapa liderada pelos socialistas.
Segundo o novo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, a decisão acerca da candidatura será tomada em conjunto com os outros partidos da coligação (PHS, PRP, PPS, PPL e PSL). O nome da ex-senadora Marina Silva é dado como certo para ocupar o lugar deixado por Eduardo Campos na cabeça da chapa, mas a confirmação oficial só deve ocorrer na próxima quarta-feira (20).
— Nós não faremos nada antes de conversar com a Renata [Campos, viúva de Eduardo Campos]. E não faremos nada antes de conversar com a Marina. Depois dessas duas conversas nós vamos realizar reuniões com nossos partidos para que possamos chegar na quarta-feira na executiva nacional, quando vão ser discutidos com todos os pontos de vista presente no partido, as conveniências, qual a melhor maneira.
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Questionado sobre o impacto da pesquisa Datafolha desta segunda-feira, que apontou Marina Silva tecnicamente empatada com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo lugar, Amaral disse que o partido não tomará a decisão com base em pesquisas.
— Eu respeito muito os institutos. [Mas] Nós escolhemos nossos candidatos em razão do seus perfis e compromissos com a luta fundamental nossa que é combater a injustiça social.
Sobre a pesquisa, Amaral disse que "qualquer número é número". Segundo ele, “antes da tragédia, tínhamos números diferentes e tínhamos a mesma esperança que temos hoje na vitória”. Amaral disse que “Renata vai fazer o que ela quiser” e que “o que ela quiser é bom para Pernambuco, é bom para o partido”.