Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Eleições 2014

“Vou tirar o Ministério da Agricultura do balcão dos políticos”, diz Campos

Candidatos à Presidência da República participam hoje de sabatina com setor agropecuário

Eleições 2014|Diego Junqueira, do R7

Campos foi o primeiro a apresentar propostas ao setor agropecuário
Campos foi o primeiro a apresentar propostas ao setor agropecuário

O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quarta-feira (6) em Brasília, durante sabatina na CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil), que vai tirar o Ministério da Agricultura do “balcão político dos partidos”, em referência ao que vem chamando de “presidencialismo de coalizão”.

A crítica é a mesma que o ex-governador de Pernambuco vem insistindo desde o início de sua campanha, em ataques tanto ao PT como ao PSDB (partidos de seus principais adversários), colocando-se contra o modelo de governança baseado na troca de cargos e apoio no Congresso com a base aliada.

— Quero assumir o compromisso de fortalecer o Ministério da Agricultura. E isso é tirá-lo do balcão político dos partidos e coloca-lo nas mãos da competência. [É preciso ter um ministro da Agricultura] que fale com o presidente, com o ministro da Fazenda, com os líderes do Congresso.

Evento reúne empresários em São Paulo em tom de ataque à Dilma Rousseff


Nos últimos 20 anos, o ministério da Agricultura teve 13 chefes no cargo, sendo seis na administração de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e outros sete durante as gestões de Lula e Dilma Rousseff (PT) — atualmente controlado por membros do PMDB, principal partido da base aliada do governo.

— A máquina aparelhada e dividida não vai dar conta das demanda para o desenvolvimento, uma nova governança demandada pela sociedade.


Política de renda e política externa

Campos iniciou sua apresentação com profundos elogios ao agronegócio, descrito como um motor da economia brasileira.


Segundo Campos, o Brasil está registrando o “mais baixo crescimento econômico da fase republicana”, mas o “cenário negativo tem sido atenuado pelo agronegócio”.

Dados do PIB do primeiro trimestre deste ano, divulgados em 30 de maio pelo IBGE, apontam que o setor agropecuário foi o que mais cresceu na economia nacional, avançando 3,6% em relação ao quarto trimestre de 2013.

Como comparação, a indústria caiu 0,8% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao quarto trimestre de 2013, enquanto a atividade de serviços subiu 0,4%.

Ao apresentar propostas para o setor, Campos afirmou que uma “política de renda é fundamental para garantir a qualidade de vida no campo”, garantindo não apenas crédito para o trabalhador rural, mas também “seguro e uma política de preço mínimo”.

"É fundamental articular o crédito, o seguro e o preço mínimo", afirmou Campos, acrescentando que o seguro atual é mais focado na proteção para catástrofes, deixando de lado a proteção da renda de produtores.

Campos defendeu ainda um maior dinamismo na política exterior, para “destravar o que frustra hoje a expansão agrícola e da indústria”.

— Ficamos amarrados nos insucessos do Mercosul e da Rodada de Doha, e efetivamente avançamos pouco.

O ex-governador de Pernambuco defendeu ainda a diversificação da infraestrutura de transportes brasileira para melhorar a produtividade e a competitividade dos negócios.

O segundo a apresentar suas propostas ao setor será o candidato do PSDB, Aécio Neves, que está em segundo nas pesquisas eleitorais. A presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição e lidera as sondagens na corrida ao Planalto, será a última a falar.

Leia mais notícias de Eleições 2014

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.