Bolsonaro volta a defender o coronel Carlos Brilhante Ustra
Em entrevista, candidato do PSL à Presidência também afirmou que acha difícil Haddad virar o jogo neste segundo turno das eleições
Eleições 2018|Do R7
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI e reconhecido como torturador pela Justiça Brasileira.
Apesar de dizer que "nada justifica a tortura", o candidato ao Planalto afirmou que Ustra, "prestou um grande serviço ao País, ninguém pode negar". Segundo ele, Ustra buscava desmobilizar grupos terroristas. "Do outro lado, estava José Dirceu, Dilma Rousseff", disse, em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, exibido na madrugada desta terça-feira (23).
Bolsonaro ainda admitiu que havia "alguma" censura no período da ditadura militar, mas tentou justificá-la ao dizer que certas reportagens proibidas eram, na verdade, ordens "para terroristas tomarem alguma decisão".
Reta final de campanha
afirmou que não acredita em uma "virada" de Fernando Haddad (PT) na corrida pelo Planalto. "Mas não posso dar nenhuma canelada. Acho que não tem como virar esse jogo, mas temos que nos manter mobilizados até o final do segundo tempo", disse.
Sobre a denúncia de apoio de empresários à sua campanha por meio de disparos de notícias contra o PT, ele disse que nunca participou de nenhum ato ilegal. "Nós não precisamos de fake news contra o PT, apenas com verdades desmontamos a farsa da candidatura de [Fernando] Haddad."
O candidato disse que tem conversas avançadas com o tenente coronel da Aeronáutica Marcos Pontes para assumir um dos ministérios (provavelmente o da Ciência e Tecnologia), em caso de vitória na corrida pelo Planalto. "Ele é patriota, tem conhecimento e iniciativa. Esses pré-requisitos é o que nós queremos para os ministérios", afirmou.
Bolsonaro ainda afirmou que pretende ligar para o juiz Sérgio Moro, após eventual vitória. "Sempre disse que gostaria de ter no STF ministros com o perfil dele. Nunca conversei com ele, se eu dissesse que vou convidar ele agora, não sei qual seria a resposta", afirmou, ao ser questionado se Moro poderia ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ocupar o Ministério da Justiça.