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Eleições 2018

Coordenador da campanha de Haddad é alvo de investigações

Ex-presidente da Petrobras Gabrielli teve bens bloqueados por irregularidades durante a gestão na estatal. Ele também foi citado na delação de Palocci

Eleições 2018|Do R7

Gabrielli responde por duas ações de improbidade
Gabrielli responde por duas ações de improbidade

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, coordenador da campanha de Fernando Haddad à Presidência da República, é alvo de uma série investigações sobre irregularidades durante o tempo em que esteve à frente da estatal.

Gabrielli responde por ações de improbidade administrativa enquanto estava no comando da Petrobras entre 2005 e 2012.

Em 2017, O TCU (Tribunal de Contas da União) responsabilizou Gabrielli por danos provocados à Petrobras na compra da segunda metade da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2012.

Ele e o ex-diretor, Nestor Cerveró, que já ficou preso pela Operação Lava Jato, foram condenados a devolver US$ 79 milhões ao erário, além de pagarem uma multa de R$ 10 milhões, cada.


Odebrecht presenteou Gabrielli e Graça com quadros de "alto valor", segundo Lava Jato

À época, Gabrielli disse que não teve “nenhuma relação direta com os fatos que foram julgados”. Ainda segundo o coordenador da campanha do PT, “os técnicos do TCU eram favoráveis a não imputação de responsabilidades à minha pessoa na avaliação desta questão”.


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Ele também disse que está recorrendo da decisão, “recorrerei ao próprio TCU e a todas as instâncias e entrarei com todos os embargos que tenho direito para lutar para que a Justiça se faça e comprove a minha inocência nestes episódios”.

Já em outro procedimento do TCU, o ex-presidente da estatal teve os bens bloqueados por causa de uma ação sobre obras na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Em junho deste ano, Gabrielli conseguiu desbloquear seus bens no STF (Supremo Tribunal Federal).


Um terceiro caso, também sobre a Refinaria Abreu e Lima, ainda está em discussão no Judiciário.

Delação Palocci

De acordo o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho, homem forte nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT), delatou o Gabrielli em suposta articulação política, em 2010, para desviar recursos públicos da estatal brasileira do petróleo e financiar a campanha de Dilma ao Palácio do Planalto naquele ano.

A defesa de Lula e a campanha de Haddad negam as acusações e dizem que a Justiça Federal atua de forma "política" nos processos contra o ex-presidente.

Campanha

Na terça-feira (9), o perfil oficial do PT no Twitter, anunciou Gabrielli como coordenador da campanha de Haddad.

Ainda na terça-feira, o candidato petista à Presidência disse, no entanto, que o ex-presidente da Petrobras não é o responsável pela parte econômica da campanha, como estava sendo citado por fontes do próprio PT.

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