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Após desistir da Presidência, João Doria deve voltar à iniciativa privada

Ex-governador de SP deve reassumir comando do Grupo Doria, conglomerado de seis empresas de comunicação e marketing

Eleições 2022|Hellen Leite e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Ex-governador de São Paulo anunciou a desistência nesta segunda-feira (23)
Ex-governador de São Paulo anunciou a desistência nesta segunda-feira (23) Ex-governador de São Paulo anunciou a desistência nesta segunda-feira (23)

Após anunciar a desistência da pré-candidatura à Presidência da República, nesta segunda-feira (23), o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) deve voltar à iniciativa privada. Segundo a assessoria de imprensa do tucano, disputar outro cargo nas eleições ainda não é uma opção para o ex-governador de São Paulo. No entanto, ainda há tempo para pensar sobre a possibilidade, já que o registro de candidatura pode ser apresentado à Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

Doria enfrentava resistências internas na chamada terceira via e acabou saindo da disputa. "Entendo, serenamente, que não sou a escolha da cúpula do PSDB [para disputar a Presidência da República]. Aceito essa realidade com a cabeça erguida. Sou homem que respeita o bom senso, diálogo e equilíbrio", disse Doria, ao lado do presidente do partido, Bruno Araújo.

LEIA TAMBÉM: Presidentes de PSDB, MDB e Cidadania entram em consenso por provável candidatura de Tebet

Como empresário, ele deve voltar ao comando do Grupo Doria, um conglomerado de comunicação e marketing composto de seis organizações: Grupo de Líderes Empresariais (Lide); Doria Administração de Bens; Doria Internacional; Doria Editora; Doria Eventos; e Doria Marketing & Imagem. Desde que assumiu o Governo de São Paulo, o tucano esteve licenciado da direção das empresas.

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Pressão

PSDB, MDB e Cidadania se articulam para lançar um candidato único da chamada terceira via à Presidência da República neste ano e, recentemente, decidiram utilizar os resultados de uma pesquisa de opinião para balizar a escolha desse nome.

Segundo o levantamento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a opção mais viável ante Doria, que se recusava a desistir da pré-candidatura e chegou a ameaçar o caso com judicialização. Em reunião, os presidentes dos três partidos entraram em consenso pela provável candidatura da emedebista, mas ainda não oficializaram seu nome.

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Mais cedo, Doria se reuniu com lideranças tucanas que tinham o objetivo de demover o paulista da ideia de se candidatar à Presidência nas eleições deste ano. Correligionários tentam encontrar um acordo para evitar uma ruptura pública e conturbada do ex-governador.

Em conversas reservadas, tucanos utilizavam a pesquisa encomendada por PSDB, MDB e Cidadania, que aponta Tebet como a melhor opção para representar o candidato da chamada terceira via, para argumentar que Doria deveria se afastar do pleito.

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Como o R7 mostrou, não houve uma proposta a Doria. Outro argumento utilizado pelos tucanos é uma pesquisa interna que mostra que 56% dos brasileiros são contra a polarização e não querem votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem em Jair Bolsonaro (PL), primeiro e segundo colocados nas pesquisas, respectivamente.

O mesmo levantamento, segundo uma fonte do partido, mostra que a terceira via só teria chances com uma candidatura única e que a senadora seria o nome com mais possibilidade de vitória. Tebet já disse, inclusive, que, se for escolhida, disputará a Presidência da República mesmo sem Doria.

Doria, por sua vez, afirma que não participou dos encontros e nem sequer teve acesso à pesquisa, além de não ter sido informado. O tucano defendia o argumento de que foi escolhido nas prévias do PSDB, realizadas no ano passado, para concorrer à Presidência.

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