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Bolsonaro diz que não quer imunidade após deixar a Presidência

Ele afirmou que é contra a ideia discutida por senadores e deputados de aprovar PEC para proteger ex-presidentes da República

Eleições 2022|Do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a podcast
O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a podcast O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a podcast

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não é a favor da ideia de ter imunidade após deixar o cargo. Em entrevista ao Flow Podcast na noite desta segunda-feira (8), Bolsonaro foi questionado sobre a movimentação de parlamentares para evitar possíveis punições caso ele não continue na Presidência.

“Não estou interessado nisso. Vão falar que eu estaria pedindo arrego. (...) Não quero essa imunidade. Quero meu país democrático", disse. Deputados e senadores discutem a possibilidade de uma PEC que daria a ex-presidentes da República o cargo de senador vitalício.

Em tese, a ideia seria garantir a imunidade parlamentar e minimizar o risco de punições em casos em que os ex-presidentes são acusados de crimes. “Circulou nos jornais que eu seria preso se não fosse eleito. Preso por quê?”, perguntou.

Críticas a ministros do TSE

Ele ainda voltou a fazer alegações sobre a segurança das urnas eletrônicas, criticando ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Hoje, falei com banqueiros e perguntei por que gastavam fortunas para se precaver de ataques cibernéticos. Falei: 'Vocês podem pegar uma tecnologia de um órgão lá', não falei TSE, 'e deixar de gastar uma fortuna'."

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Segundo Bolsonaro, a reunião com embaixadores, na qual ele levantou dúvidas sobre o processo eleitoral, foi feita para mostrar um inquérito da Polícia Federal que apura um ataque ao sistema interno do TSE em 2018.

"Eu dou o inquérito da PF de 2018 para quem quiser. Apesar de o Supremo falar que é confidencial, não é, estão mentindo. Barroso e Fachin estão mentindo. Já ofereci para todo mundo, posso mandar para você uma cópia do inquérito. Houve denúncia dizendo que os hackers ficaram dentro do TSE por vários meses e poderiam fazer um monte de coisas", relembrou.

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Ao R7, a assessoria do TSE afirmou que não há previsão de que os ministros se manifestem sobre as declarações do presidente. Anteriormente, o TSE publicou nota sobre o caso em que afirma que o inquérito é sigiloso e que o acesso indevido não representou nenhum risco à integridade das eleições de 2018. "Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada anormal ocorreu. Cabe acrescentar que o código-fonte é acessível, a todo o tempo, aos partidos políticos, à OAB, à Polícia Federal e a outras entidades que participam do processo.”

Sobre a proposta de filmar pessoas em votação, Bolsonaro reclamou da distorção da proposta. "Uma das sugestões [das Forças Armadas] é checar as urnas no dia da votação. Começou a votação aqui e tem dez urnas. Via sorteio, aqui, pega aquela urna 8h da manhã, faz de conta que deu pane, bota para cá, bota a urna reserva lá e faz a votação normal. Do lado de cá, começam as pessoas a votar sabendo que estão sendo filmadas", comentou.

Bolsonaro também chamou de mentirosa a afirmação de que todos os eleitores seriam filmados: "É igual à mentira do Barroso de que a gente queria aprovar o voto de papel como antigamente. Barroso mentiu, a PEC é bem clara. É o voto impresso do lado da urna eletrônica, para fazer a devida correção".

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