Bolsonaro é o candidato que mais recebeu doações de terceiros para campanha; veja lista
Não são permitidas doações de empresas a campanhas ao candidatos, só de pessoas físicas
Eleições 2022|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A pouco mais de um mês para as eleições deste ano, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) lidera a lista dos concorrentes ao Palácio do Planalto com o maior número de doações recebidas por terceiros até o momento. Nenhuma doação ultrapassa R$ 1 milhão.
A reportagem utilizou como base apenas as doações feitas por terceiros, não contando as próprias doações dos candidatos. Os dados foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na seção de ranking de doadores.
Bolsonaro recebeu R$ 501 mil do ex-piloto tricampeão mundial Nelson Piquet, que foi acusado de racismo recentemente ao se envolver em uma polêmica com o também piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton.
Na sequência, aparece Pablo Marçal (PROS), com R$ 459 mil doados por Marcos Paulo de Oliveira.
Depois, aparece Ciro Gomes (PDT), que recebeu R$ 1 mil de Laudelio Antonio de Oliveira Bastos; Felipe d’Avila (Novo) ganhou R$ 750 de Apolo Carvalho Ferreira e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem R$ 300 de Usiel Rios.
Os presidenciáveis Eymael (Democracia Cristã), Roberto Jefferson (PTB), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU), Léo Péricles (UP) e Soraya Thronicke (União Brasil) não receberam doações de terceiros até o momento, apenas dos próprios partidos.
Pelas regras eleitorais, não são permitidas doações de empresas a campanhas, só de pessoas físicas. Ninguém pode doar, em dinheiro, mais do que 10% da renda bruta anual obtida em 2021. Outros tipos de doação, como a de bens móveis ou imóveis, não podem ultrapassar o equivalente a R$ 40 mil.
Todos os partidos e candidatos devem identificar no portal do TSE o nome completo e o número do CPF dos doadores, acompanhados do total de valores recebidos de cada um.
Candidatos à Presidência
O Brasil tem 12 candidatos à Presidência da República registrados. As legendas tiveram até 15 de agosto para registrar as chapas no TSE e indicar os candidatos a vice.
O perfil dos candidatos é variado. Bolsonaro é militar da reserva, nascido em São Paulo, mas com mandatos conquistados pelo Rio de Janeiro. Lula, metalúrgico e sindicalista, nasceu em Pernambuco e foi presidente do Brasil entre 2003 e janeiro de 2011. Ciro Gomes, natural de São Paulo, é advogado, professor universitário e já foi governador do Ceará e ministro da Fazenda.
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Atualmente com mandato de senadora, Simone Tebet é advogada e professora. Natural de Mato Grosso do Sul, está na política desde 2002. Nascido em Belo Horizonte, Léo Péricles é técnico em mecatrônica e nunca teve um mandato político. De Goiânia, Pablo Marçal é jurista, escritor, influenciador e coach motivacional.
Vera Lúcia nasceu em Pernambuco. É operária sapateira e formada em ciências sociais. Empresário e cientista político, Felipe d’Avila vem de uma família de políticos. Natural de São Paulo, Sofia Manzano é graduada em ciências econômicas, mestra em desenvolvimento econômico e doutora em história econômica pela USP.
Aos 82 anos, Eymael entra pela sexta vez na disputa pela Presidência. Ele é natural de Porto Alegre e formado em filosofia e em direito. Em prisão domiciliar, Roberto Jefferson nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e cumpre pena após condenação no escândalo do Mensalão. Soraya Thronicke está no primeiro mandato como senadora. Natural de Dourados, em Mato Grosso do Sul, é advogada e empresária.