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Estudante é vítima de perseguição após declarar apoio a Bolsonaro

Universitária do 5º período de história na Unirio procurou apoio jurídico após receber xingamentos e ameaças de outros estudantes

Eleições 2022|Do R7, em Brasília

Estudante Julia de Castro na Marcha para Jesus
Estudante Julia de Castro na Marcha para Jesus Estudante Julia de Castro na Marcha para Jesus

Uma estudante de 20 anos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) denunciou que vem sofrendo perseguição e ameaças de outros alunos desde que declarou voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Julia de Castro, que cursa o 5º período de história, afirma que os xingamentos e assédio começaram após um site da faculdade publicar seu posicionamento político sem consentimento.

"Nunca declarei minha opinião política por medo. Entrava quieta nas aulas e saía calada. De forma inesperada, um site de fofoca da universidade, com mais de 20 mil seguidores, divulgou que eu era eleitora de Bolsonaro. A partir disso, desencadearam todas as ameaças e xingamentos vindos de outros estudantes", relata.

Ela conta que o caso aconteceu na última sexta-feira (7) e, desde então, está sendo intimidada por diversos alunos da faculdade e chegou até a ser excluída do grupo de mensagens da turma. 

"Afirmaram que meus dias estavam contados, que não ia conseguir o diploma. Para estudar na federal agora o pré-requisito é ser de esquerda? Tenho que desistir da minha graduação porque eu decidi votar no Bolsonaro?”, questiona.

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Estudante relata medo

Após a pressão, Julia procurou apoio jurídico e decidiu tornar o caso público para tentar fazer com que a faculdade se posicione. A estudante afirma, ainda, sentir medo de ser agredida ou sofrer retaliação por parte do corpo docente.

"Tenho medo de agressão física, de não passar nas matérias, de ir ao banheiro. Acredito que a gente vive em um país livre. A democracia só existe porque existem ideias opostas, mas a esquerda colocou a ditadura do pensamento único. Se você pensa diferente, merece ser perseguido, injuriado e xingado", completa.

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