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Eleições 2022

Ex-ministro da Venezuela acusado de 'megafraude' de R$ 25 bilhões se compara a Lula

Rafael Ramírez, apontado como líder de um esquema que desviou mais de 4,85 bilhões de dólares, disse estar sendo perseguido

Eleições 2022|Do R7

Rafael Ramírez, acusado de 'megafraude', foi um dos homens de confiança de Hugo Chávez
Rafael Ramírez, acusado de 'megafraude', foi um dos homens de confiança de Hugo Chávez

Apontado pelo governo venezuelano como líder de um esquema que desviou mais de 4,85 bilhões de dólares (cerca de R$ 25 bilhões), o ex-ministro e ex-presidente da petrolífera PDVSA Rafael Ramírez se comparou ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva nas redes sociais. Ramírez disse estar sendo perguido por Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. 

O ex-ministro, acusado de "megafraude", se defendeu das acusações pelo Twitter, em uma sequência de postagens em que diz ser inocente e que vem sofrendo ataques em resposta à sua candidatura para presidente. "O madurismo tenta fazer comigo o que a direita fez com Lula: o mesmo roteiro, os mesmos argumentos, mas nada disso vai nos parar! Essa estratégia é chamada de ‘lawfare' e é usada para perseguição política em nossa região", escreveu.

Entenda o caso

No fim de agosto, Rafael Ramírez foi denunciado por Tareck El Aissami, ministro do Petróleo, pela suposta "megafraude". Ramírez era um dos grandes aliados do ex-presidente da Venezuela Hugo Cháves, mas, atualmente, é rival de Nicolás Maduro. 


Segundo Tareck, durante a gestão de Ramírez, a PDVSA fez diversas transferências de valores para a administradora Atlantic. Nas investigações, Ramírez justificou as transações como parcelas de um empréstimo que havia sido contratado em fevereiro de 2012. No entanto, a petroleira PDVSA não teria recebido nada desse crédito supostamente contratado.

Ainda de acordo com o atual ministro do Petróleo, o dinheiro cedido pela Atlantic teve como destino os fundos Violet e Vuelca, com sede no Panamá e em São Vicente e Granadinas, países conhecidos como paraísos fiscais. 

Desde o início das investigações, diversos ex-diretores da estatal foram presos por esquemas de corrupção, incluindo o ex-presidente de Finanças da PDVSA, Víctor Aular, detido no dia 30 de agosto. Aular é apontado como o responsável por assinar o contrato de empréstimo com a Atlantic. 

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