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Eleições 2022

Fachin diz que resultado da eleição será respeitado: 'Inegociável' 

Presidente do TSE voltou a defender o processo eleitoral em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema de votação

Eleições 2022|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

O presidente do TSE, ministro Edson Fachin
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, frisou nesta sexta-feira (27) que os resultados das eleições serão respeitados. A fala ocorreu durante discurso no Ciclo de Estudos Mulheres e Política, realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). 

"O Brasil tem eleições limpas, seguras e auditáveis. O acatamento do resultado do exercício da soberania popular é expressão inegociável da democracia pelo respeito ao sufrágio universal e ao voto secreto. A defesa da democracia propõe serenidade, segurança e ordem para pregar o diálogo, a tolerância e obediência à legalidade constitucional", afirmou.

Fachin ressaltou que o lema de sua gestão no TSE é "paz e segurança nas eleições", falando sobre a atuação dos juízes eleitorais no processo.

"Paz que significa, portanto, reconhecer que a nós incumbe o papel de árbitros do certame. Nós apitamos o jogo, não disputamos o jogo, não estamos na arquibancada como torcedores fanáticos de A ou B. Nós nos ocupamos de arbitrar o jogo com isenção e com facilidade. Porque a consciência do magistrado, antes de tudo, não são os valores pessoais, mas a consciência jurídica e sistematicamente depositada na legalidade democrática", disse.


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As falas do ministro foram feitas em um cenário de críticas ao Judiciário, à segurança das urnas e às eleições, encabeçadas principalmente pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Mais recentemente, em episódio que gerou uma crise entre os Poderes, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao presidente do TSE um ofício com o pedido de que a corte divulgasse as sugestões apresentadas pelas Forças Armadas para contribuir com o aperfeiçoamento da segurança e da transparência das eleições. O TSE respondeu dizendo que não se opunha à divulgação de documentos sobre as eleições, mas advertiu que a própria Defesa havia dado a alguns documentos a classificação de sigilosos.

Depois que o TSE rejeitou as sugestões, que haviam sido entregues fora do prazo estabelecido pelo tribunal, Bolsonaro afirmou que elas não seriam "jogadas no lixo", e defendeu a participação dos militares no processo. "Não podemos enfrentar um sistema eleitoral onde paire a sombra da suspeição", disse. 

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