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Lorene Figueiredo critica privatização do metrô da Grande BH e Regime de Recuperação Fiscal

Pré-candidata ao Governo de Minas pelo PSOL abriu a série de sabatinas da Record TV Minas com os postulantes ao cargo

Eleições 2022|Pablo Nascimento, do R7

Lorene é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora
Lorene é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora Lorene é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora

Lorene Figueiredo (PSOL), pré-candidata ao Governo de Minas Gerais, se posiciona contrariamente à privatização do metrô que liga Belo Horizonte a Contagem, na região metropolitana da capital mineira. A postulante ao cargo também critica a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal no estado.

O posicionamento foi divulgado pela candidata durante a sabatina da Record TV Minas, realizada na tarde desta segunda-feira (8). Conforme alinhado com os partidos com mais de cinco representantes no Congresso, a candidata do PSOL abriu a série de entrevistas, que também são transmitidas pelo YouTube e pelo Facebook da emissora.

A primeira parte da entrevista, durante o Balanço Geral Minas, teve duração de 12 minutos – 10 para perguntas e respostas e 2 para considerações finais. Todas as perguntas foram feitas pelo time de jornalistas da Record TV Minas.

Indagada se pretende suspender os contratos das empresas de ônibus da Grande BH com validade até 2028 em sua eventual gestão, Lorene defendeu uma revisão no modelo de transporte adotado no estado.

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"A gente precisa democratizar o acesso ao transporte. Transporte é direito, mobilidade é direito. É direito à cidade. Sem direito a transporte de massa de qualidade você não acessa saúde, educação e benefícios que temos obrigação de garantir. A gente vai usar a ciência. Temos que superar esse modelo que se estabeleceu e vem desde os anos 1940. Temos que trabalhar com transição modal articular. Um sistema de transporte único de mobilidade", sugeriu.

A pré-candidata também se manifestou em relação à privatização do metrô da Grande BH, que está em fase inicial. "A venda da CBTU está colocada em parâmetros que não pagam nem a frota dos trens. O transporte é público e tem que continuar assim", defendeu.

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Regime de Recuperação Fiscal

Durante a entrevista, a postulante à cadeira no Palácio Tiradentes também foi indagada sobre seu plano econômico para o estado. Ela comentou a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, projeto do governo federal que visa ajudar os estados a pôr as contas em dia, em troca de imposições em relação ao Orçamento estadual.

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"O Regime de Recuperação Fiscal é um crime. Ele é teto de gastos para Minas Gerais. É cortar investimentos. Nenhum governo federal ou estadual deveria propor esse tipo de negociação, que é uma negociação contra o povo de Minas Gerais. Somos contra o Regime de Recuperação Fiscal", declarou.

Como solução para resolver os impactos da dívida do estado, que passa de R$ 150 bilhões, a representante do PSOL defendeu revisão dos contratos. "Mais de 70% da dívida de Minas é com a União. Isso nos dá condições de negociações. A gente pode rever os contratos. Então podemos auditar a dívida. Precisamos renegociar a dívida com o governo federal", propôs.

Mineração

Questionada sobre o modelo de relação minerária no estado, Lorene defendeu "regular fortemente o setor".

"Nós defendemos Minas Gerais para os mineiros e não para as mineradoras. Temos que começar desmistificando que a gente depende das mineradoras", defendeu. "Não é possível que todas as mineradoras fiquem com todo o lucro, contaminando o solo, a água, reduzindo produção de alimentos. Degradando ambientes porque minérios acabam", completou.

Durante a entrevista, Lorene também:

• criticou o projeto atual para o Rodoanel da Grande BH;

 defendeu a realização de concursos públicos para a saúde e quadro de carreira para os servidores;

 defendeu obras de infraestrutura em escolas e recomposição de carreira e salário para professores;

 defendeu política de fortalecimento para mulheres na intenção de reduzir feminicídios;

 defendeu política de assistência social a famílias que passam fome;

 classificou de "eleitoreira" a redução nos impostos de combustíveis dada pela gestão Zema e defendeu redução "plena" do valor dos combustíveis;

defendeu projetos para a região do Vale do Jequitinhonha.

Perfil

Natural do Rio de Janeiro, Lorene tem 56 anos. Ela mora em Minas Gerais há 28 anos e foi candidata à Prefeitura de Juiz de Fora, a 266 km de Belo Horizonte, nas eleições de 2020. Na época, ficou em sétimo lugar, com 0,92% dos votos. É doutora em política pública e formação humana e leciona na Faculdade de Educação da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

A advogada e pastora Ana Paula Azevedo será a vice na chapa, que apoia a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

Sabatinas

Assista à entrevista com Lorene Figueiredo no início desta reportagem. As sabatinas acontecem até a próxima sexta-feira (12). Será um candidato por dia. As entrevistas começam às 15h, dentro do Balanço Geral.

Veja a programação:

• 8 de agosto (segunda-feira): Lorene Figueiredo (PSOL)

• 9 de agosto (terça-feira): Alexandre Kalil (PSD)

• 10 de agosto (quarta-feira): Marcus Pestana (PSDB)

• 11 de agosto (quinta-feira): Romeu Zema (Novo)

• 12 de agosto (sexta-feira): Carlos Viana (PL)

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