Lula: relembre as declarações polêmicas do petista
Candidato do PT já falou várias frases pelas quais recebeu muitas críticas
Eleições 2022|Do R7
A mais recente gafe cometida pelo candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, serviu de munição aos apoiadores de Jair Bolsonaro. Nesta quinta-feira (7), em comício no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula se referiu ao analfabetismo e foi traído pelo improviso. “Este país nunca teve um governo que se preocupasse com a educação”, disse, esquecendo-se de que foi presidente da República entre 2003 e 2011.
À essa última escorregada juntam-se outras declarações polêmicas ou controversas dadas durante a campanha eleitoral , que motivaram críticas e, principalmente, memes na internet. No primeiro semestre, Lula sugeriu aos militantes petistas que se dirigissem à casa de deputados, inclusive incomodando seus familiares, para pressioná-los a aprovar pautas de interesse da esquerda.
No fim de setembro, Lula se contradisse sobre o tema das armas. Em um evento em São Paulo com a participação de personalidades esportivas, ele afirmou que já usou uma arma. “Eu, quando namorava, muito tempo atrás, eu tinha uma garruchina 22, porque andava do parque Bristol até a Vila Livieiro (bairros da zona sul da cidade de São Paulo) à meia-noite.” Três semanas antes, garantiu a empregadas domésticas que participavam de um encontro com o candidato que nunca havia tido interesse em armas.
Aborto
A lista não para. Em abril, na época ainda pré-candidato do PT, Lula defendeu mudanças na lei para ampliar o direito ao aborto e classificou o assunto como um problema de saúde pública. No entanto, agora, no segundo turno, o petista demonstra ter mudado de posição. Em vídeo gravado pela campanha e divulgado na última quinta (6), o candidato afirma ser “a favor da vida”. “Sou contra o aborto, tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta”, disse.
Guerra da Ucrânia na mesa do bar
Até sobre política internacional o ex-presidente gosta de opinar, para a aflição dos marqueteiros de sua campanha. Em maio, Lula causou polêmica ao afirmar que o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski é “tão responsável” pela invasão russa quanto Vladimir Putin. “Esse cara [Zelenski] é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”, disse o ex-presidente.
Lula foi além, em outra oportunidade. Disse que, se fosse no Brasil, a guerra poderia ser resolvida “tomando cerveja”.
“A razão dessa guerra, por tudo o que eu compreendo, que eu leio e que eu escuto, seria resolvida aqui no Brasil em uma mesa tomando cerveja. Teria resolvido aqui, se não na primeira cerveja, na segunda; se não desse na segunda, na terceira; se não desse na terceira, até acabarem as garrafas a gente iria fazer um acordo de paz”, afirmou o petista.
“Quer bater em mulher, vá para outro lugar”
Mais uma vez o improviso traiu o candidato do PT. Em comício realizado no vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, em agosto, Lula afirmou que “mão de homem foi feita para trabalhar, fazer carinho em quem ama, nos seus filhos, não para bater em mulher .” E emendou: “Quer bater em mulher, vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil, porque nós não podemos mais aceitar isso”.
Sérgio Cabral ou Eduardo Paes?
Num ato falho, mas que revela antigas ligações do petista, Lula confundiu o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com o ex-governador Sérgio Cabral. “O Sérgio... o... o Eduardo Paes viveu um momento de ouro do Rio de Janeiro”, afirmou o candidato do PT. Sérgio Cabral está preso desde 2016, por envolvimento em casos de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de cartel, entre outros. Todos crimes descobertos durante a Operação Lava Jato. As penas de Cabral somam mais de 400 anos de prisão.
Policiais
Outra declaração que provocou diversos ataques ao petista nas redes sociais foi a dada durante um encontro com mulheres na zona norte de São Paulo, em abril. Lula afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “não gosta de gente, gosta de policial”. Diante da repercussão negativa, dias depois ele foi obrigado, mais uma vez, a se retratar.