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Na Fiesp, Lula defende prioridade a reformas administrativa e tributária

Candidato do PT à Presidência da República também criticou militares e disse ser contra a invasão da Ucrânia pela Rússia

Eleições 2022|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva em debate na Fiesp, em São Paulo
Presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva em debate na Fiesp, em São Paulo Presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva em debate na Fiesp, em São Paulo

O ex-presidente da República e candidato ao Palácio do Planalto pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira (9) que, se eleito, pretende dar prioridade à realização das reformas tributária e administrativa. Em reunião com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidenciável defendeu a ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS).

"Vamos precisar de dinheiro para o SUS, e vamos arrumar nessa defendida e sonhada reforma tributária, que eu espero que a gente faça junto, para que ela seja justa para todos. Mas alguém vai ter que pagar a conta, quem é mais rico vai ter que pagar a conta".

Ainda sobre a reforma tributária, o presidenciável defendeu uma reforma progressiva, em que seja possível taxar a parte mais rica da sociedade, taxar menos a produtividade e mais o patrimônio.

O petista pontuou que, caso seja eleito, pretende dar início às reformas o quanto antes. "Deve ser logo. O mandato é de quatro anos. Se a gente ganhar e começar a deixar as coisas para amanhã, a gente não faz", disse.

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O ex-presidente também defendeu a realização de uma reforma administrativa, apontando que "existe pouca gente ganhando muito e muita gente ganhando pouco". "É preciso tentar um equilíbrio. É preciso fazer uma reforma administrativa, fazer justiça a partir de uma reforma. Tem que ter equilíbiro para o estado dar conta de gerenciamento", ressaltou.

Durante conversa com os empresários, Lula ainda falou sobre violência política e divisão dos Poderes da República, citando o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. "O Brasil precisa voltar à normalidade, com cada um no seu galho. Nem a Suprema Corte pode fazer política, nem o Congresso pode tentar fazer o papel da Suprema Corte. É preciso restabelecer uma certa normalidade", afirmou.

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Militares e Ucrânia

Aos empresários, Lula criticou o envolvimento das Forças Armadas com a fiscalização das urnas eletrônicas. A questão tem sido um ponto de embate por parte dos militares, que alegam falta de espaço por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que os incluiu em setembro do ano passado na Comissão de Transparência das Eleições.

"Que negócio é esse das Forças Armadas se meterem a fiscalizar as urnas? Tem que fiscalizar a nossa fronteira, tomar conta de outra coisa", disse.

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Ainda na reunião, Lula criticou a invasão da Ucrânia pela Rússia. "Eu fui contra a invasão na Ucrânia, sou contra a ocupação da integridade territorial de um país por outro", disse.

A afirmação ocorre após uma posição polêmica do ex-presidente, que, em maio deste ano, em entrevista à revista Time, disse que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é culpado pelo conflito, assim como o presidente russo, Vladimir Putin. A Ucrânia já chegou a acusar Lula de fazer propaganda pró-Rússia.

O R7 apurou que a posição de Lula sobre a invasão russa gera preocupação por parte do governo britânico, que tem dialogado com a campanha do petista e dos outros presidenciáveis. Eles avaliam que o ex-presidente deveria condenar de forma mais enfática a invasão russa. O governo também manifestou ao petista preocupação com a falta de clareza dos planos econômicos ao Brasil, em caso de vitória.

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