O patrimônio do atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), quase dobrou em quatro anos. A declaração de bens foi feita à Justiça Federal pelo político, que tenta reeleição ao cargo. Em 2018, quando se candidatou pela primeira vez, Zema informou ter R$ 69.752.863,96. Já neste ano, o chefe estadual declarou ter R$ 129.795.313,70, uma quantia R$ 69.752.863,96 maior, o que equivale a um crescimento de 86%. Entre os bens declarados em 2019, está uma casa de R$ 704.864,25, um terreno de R$ 70.000, R$ 1.376.504,60 em aplicação de renda fixa e mais de R$ 92 milhões de quotas ou quinhões de capital. Por meio de nota, Zema disse que o aumento do patrimônio aconteceu antes do início do atual mandato, já que recebeu R$ 33 milhões referentes a sua parte em duas empresas que pertenciam ao Grupo Zema e foram vendidas em 2018. Confira o comunicado na íntegra:“O incremento no patrimônio de Romeu Zema ocorreu antes do início do atual mandato. Ainda em 2018, duas empresas que atuam no ramo de combustíveis e que eram do Grupo Zema, foram vendidas para uma companhia francesa de energia, por aproximadamente R$ 380 milhões. Romeu Zema tinha participações em ambas empresas vendidas e recebeu recursos, como Pessoa Física, de aproximadamente R$ 10 milhões. Além disso, em uma das empresas, ele detinha 27,14% da participação acionária. Quando houve a divisão da venda, a parte da cota destinada a ele foi de aproximadamente R$ 23 milhões. Esses recursos foram direcionados à empresa de varejo da família e fundos de investimento. O restante da ampliação dos bens é proveniente da valorização das empresas do grupo que segue conquistando mercado através de uma gestão que é reconhecida no setor como exemplar. Cabe ainda ressaltar que todo o patrimônio de Romeu Zema é fruto de mais de 30 anos de trabalho e gestão, estando exposto em suas declarações anuais à Receita Federal e, bem como, ao Tribunal Superior Eleitoral, cumprindo a legislação nacional”.Outros candidatos Com o fim do prazo do registro de candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta segunda-feira (15), todos os 10 postulantes ao Governo de Minas Gerais precisaram declarar seus patrimônios. Retirando Zema do ranking, as quantias apresentadas pelos políticos variam de R$ 136,07 até R$ 3.566.739,62. Duas candidatas informaram não ter nenhum bem.Veja a seguir a lista com o declarado neste ano e nas eleições anteriores disputadas por cada um:- Cabo Tristão (PMB): R$ 350.000,00 (2022) R$ 214.237,40 (2020)- Carlos Viana (PL): R$ 3.566.739,62 (2022) R$ 4.030.430,65 (2020)- Indira Xavier (UP):R$ 136,07 (2022)- Kalil (PSD): R$ 3.652.820,88 (2022) R$ 3.689.634,19 (2020)- Lorene Figueiredo (PSOL): R$ 123.460,00 (2022) R$ 126.000,00 (2020)- Lourdes Francisco (PCO): Nenhum bem declarado. R$2.800,00 (2016)- Marcus Pestana (PSDB): R$ 1.486.404,04 (2022) R$ 774.000,00 (2018)- Renata Regina (PCB): Nenhum bem declarado (2022) Nenhum bem declarado (2018)- Vanessa Portugal (PSTU): R$ 100.000,00 (2022) R$ 391.000,00 (2020)- Romeu Zema (Novo): R$ 129.795.313,70 (2022) R$ 69.752.863,96 (2018)