Considerado o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, Minas Gerais tem 16 milhões de habitantes aptos a votar nas eleições de 2022. Para garantir a segurança da população e a boa condução do dia de votação, o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais) montou um plano de segurança com a PM (Polícia Militar).
O desembargador Maurício Soares, presidente do TRE-MG, falou sobre o tema durante entrevista ao vivo no Balanço Geral Minas, nesta segunda-feira (19).
“O desafio maior é se preparar para as eleições. É possível que a gente tenha um movimento muito grande. Há necessidade então desse preparo que antecipa o dia das eleições”, explicou o magistrado.
“As tratativas com a PM nos indicam que teremos um oficial militar em cada município do estado, e nós temos uma preocupação com o eleitor e com os servidores da Justiça Eleitoral no dia do pleito. O mineiro de forma geral é muito pacífico, mas não podemos deixar que as coisas fiquem exaltadas”, completou Soares.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Brasil tem aproximadamente 156 milhões de eleitores. No ranking de colégios eleitorais, Minas Gerais só perde para São Paulo, que tem mais de 34 milhões de habitantes aptos a votar. Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro, com 12,8 milhões.
Desafios
O desembargador também afirmou que o combate às fake news estão entre os pontos de principal atenção da Justiça Eleitoral. Ele lembra do aplicativo Pardal, que foi lançado com oobjetivo de ajudar os eleitores na hora de avaliar as informações que recebem.
“Por meio desse aplicativo, ele [o eleitor] pode fazer denúncias de notícia falsa, de propaganda irregular diretamente ao juiz eleitoral de onde ele pertence”, explicou Soares.
Durante a entrevista, o presidente do TRE-MG também disse que a proibição do uso de celular na cabine de votação não é uma novidade. “Essa regra existe desde 1997”, explicou. O desembargador detalhou que haverá um local na sessão de votação onde o cidadão poderá deixar os aparelhos.
“Pode entrar com celular, mostrar o e-Título para o mesário. Deixa em cima de uma cestinha e vai votar. O que não pode acontecer é usar o celular em frente à urna”, ponderou.
O desembargador também comentou o uso de armas nos locais de votação e os questionamentos em relação ao sistema eleitoral brasileiro. Assista à íntegra da entrevista no topo da reportagem.
Série de entrevistas
OBalanço Geral Minas recebe, entre os dias 19 e 23 de setembro, representantes de órgãos públicos que vão avaliar o cenário eleitoral de 2022. Especialistas também farão um panorama sobre o contexto econômico e social de Minas Gerais e os desafios que os governantes eleitos terão nos próximos quatro anos. A entrevista acontece a partir das 14h10.