Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Sem Doria, presidente do PSDB fala em candidatura única com MDB e Cidadania

Ex-governador de SP anunciou nesta segunda-feira retirada de candidatura ao Planalto e abriu espaço à senadora Simone Tebet

Eleições 2022|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

João Doria e Bruno Araújo
João Doria e Bruno Araújo João Doria e Bruno Araújo

Após a desistência do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) de concorrer à Presidência da República neste ano, o presidente nacional PSDB, Bruno Araújo, defendeu uma candidatura única dos tucanos com MDB e Cidadania. A desistência de Doria abre espaço para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que deve encabeçar a terceira via na disputa eleitoral.

"Temos um entendimento de diálogo com o MDB, vamos dar um passo agora. O nome de Simone é o nome posto nessa construção, mas precisamos construir um projeto de compromisso de programa com o Brasil. João Doria preparou uma equipe de forma árdua que construiu um programa social, econômico, e é preciso que haja construção de um compromisso de receber toda essa construção desse programa do PSDB", disse.

Araújo afirmou que agora instruiu as lideranças regionais a se reunirem com o MDB e o Cidadania para falar sobre palanques regionais e o programa de governo da coligação. Perguntado sobre a falta de consenso em torno do nome de Simone, o presidente nacional do PSDB afirmou que a sigla não é feita por unanimidade, mas sim com diálogos, e ressaltou que o partido sozinho não conseguirá alcançar seus objetivos.

"Com esse compromisso, com a ajuda do Doria, vamos construir um projeto, não só no PSDB, como ficou claro que sozinhos não vamos a lugar nenhum, mas um projeto em que esse nome sendo o de Simone, represente um compromisso com programas, projetos e fortalecimentos de palanques importantes, como é o caso do Rio Grande do Sul, onde o MDB pode ser um parceiro importante", afirmou.

Publicidade

O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite disputava espaço no PSDB contra Doria, na tentativa de ser o nome do partido à Presidência. Depois que ele abandonou a corrida, respeitando os resultados das prévias da legenda, passou-se a discutir a possibilidade de que ele tentasse um novo mandato no estado (apesar de ter renunciado).

Com o movimento de apoiadores de Leite no sentido de retomar o nome do ex-governador para a corrida, Araújo fez questão de ressaltar que a possibilidade de uma candidatura própria dos tucanos foi superada, e que qualquer movimento diferente disso demonstra falta de compromisso com o país. "Esse assunto é vencido, porque todos acompanharam desde dezembro, quando iniciamos a compreensão de que precisamos construir um nome. O PSDB não existe com o fim dele mesmo. O PSDB existe com o fim de ajudar o país", disse.

Publicidade

Segundo o presidente, "é com esse propósito que essa aliança [com o Cidadania e o MDB] está sendo construída".

"Claro que como presidente do PSDB queria que tivéssemos candidatura própria, mas há algo maior do que tudo isso, do que a vontade de Doria, do que a minha vontade. A vontade agora é coletiva, é do que o Brasil precisa. O gesto de Doria nos obriga moralmente. Quem fizer movimento diferente desse está mostrando que tem mais compromisso com si mesmo do que com o Brasil. Vamos seguir firmes no sentido de uma candidatura que una no mínimo esses três partidos", afirmou.

Publicidade

Doria desiste

Em meio à pressão feita por correligionários, João Doria anunciou a desistência de sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições deste ano. O ex-governador afirmou que se retira do pleito com "o coração ferido, mas com a alma leve".

"Coloquei meu nome à disposição do partido hoje. Entendo, serenamente, que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito essa realidade com a cabeça erguida. Sou homem que respeita o bom-senso, diálogo e equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal", afirmou Doria.

O cenário de São Paulo foi decisivo para a saída de Doria de cena. O PSDB quer o apoio da Prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), para que o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), tenha sucesso nas eleições. A negociação entre os dois partidos girava em torno deste apoio em troca de Tebet na cabeça de chapa ao Palácio. O governo de SP é de grande importância aos tucanos, que comandam o Palácio dos Bandeirantes desde 1994.

A reportagem apurou que a decisão foi tomada no fim de semana, após reuniões de Doria com tucanos de São Paulo, incluindo Rodrigo Garcia.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.