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Senado decide se faz audiência sobre erros em pesquisas; Moraes e institutos podem ser convidados

Ministro e outras pessoas podem ser convidados para discutir a metodologia dos levantamentos; votação será nesta terça (11)

Eleições 2022|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Pesquisas eleitorais estão na mira do Senado
Pesquisas eleitorais estão na mira do Senado Pesquisas eleitorais estão na mira do Senado

A Comissão de Transparência do Senado vota, nesta terça-feira (11), convite para que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, institutos de pesquisa e cientistas políticos expliquem, em audiência pública, as divergências entre os levantamentos de intenção de voto e os resultados das urnas no primeiro turno das eleições. O requerimento do senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo no Senado, deve ser votado por volta das 14h.

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Além de Moraes, o senador pede que sejam convidados representantes dos institutos de pesquisas e cientistas políticos. Diferentemente de quando há pedido de convocação para esclarecimentos, os convidados para audiência pública não são obrigados a aceitar a solicitação da comissão.

A ideia apresentada pelo senador Carlos Portinho é discutir a metodologia utilizada nas pesquisas, a margem de erro e seus demais componentes.

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"É preciso discutir seriamente esse tema, saber se tudo não passa de erros graves de metodologia ou se existe algo pior, como a intenção deliberada dos institutos e/ou de seus contratantes de manipular a opinião dos eleitores", defende o senador na justificativa do requerimento.

Se aprovada, essa audiência pública deve ocorrer antes da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Institutos de Pesquisa, que, embora tenha conseguido assinaturas suficientes para ser lida no plenário da Casa, ainda está sob análise do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes

Segundo apurou a reportagem, ainda não há previsão para que a CPI seja lida em plenário e instalada. Isso porque existem outras seis CPIs na fila para abertura: desmatamento na Amazônia, ONGs que atuam na região Norte, obras inacabadas do Ministério da Educação (MEC) nos governos do PT, narcotráfico, crime organizado no Norte e Nordeste e atuação de pastores no MEC.

Pesquisas eleitorais

O Ipec realizou sete levantamentos de intenção de voto para o Palácio do Planalto em agosto. Considerando apenas os votos válidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha 52% das intenções de voto. Com margem de erro de dois pontos percentuais, o Ipec se aproximou do resultado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que registrou 48,43% dos votos para o petista.

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Nos sete levantamentos do Ipec, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, manteve as intenções de voto em 37%. Com margem de erro de dois pontos percentuais, Bolsonaro teria, no máximo, 39% dos votos. No entanto, ele terminou o primeiro turno com 43,2%. O mesmo aconteceu com o Datafolha, que previa na última pesquisa que Bolsonaro tivesse 36% das intenções de votos, contra 50% de Lula.

Ao R7, o Ipec disse que as pesquisas eleitorais medem a intenção de voto no momento em que são feitas e que quando efetuadas continuamente ao longo do processo eleitoral são capazes de apontar tendências, "mas não são prognósticos capazes de prever o número exato de votos que cada candidato terá".

O Datafolha foi igualmente questionado pela reportagem, mas não retornou o contato até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

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