Após receber apoio de expoentes da Operação Lava Jato no segundo turno das eleições, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou, nesta terça-feira (4), que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) serão grandes senadores. O último, no entanto, foi eleito para a Câmara dos Deputados.VEJA A COBERTURA COMPLETA DAS ELEIÇÕES 2022 NA PÁGINA ESPECIAL DO R7 "Tenho certeza que o Moro vai ser grande senador aqui em Brasília, assim como o senhor Dallagnol", afirmou Bolsonaro em coletiva de imprensa. Moro e Dallagnol foram eleitos, no último domingo (2), para senador e deputado federal, respectivamente. O primeiro obteve 1.953.188 milhões de votos (33,50%) e o segundo, 344.917, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os mandatos começam em 2023. Após o resultado, Moro declarou apoio a Bolsonaro. Em postagem nas redes sociais na manhã desta terça-feira (4), o senador eleito disse que "[o ex-presidente] Lula não é uma opção eleitoral".Dallagnol também se posicionou nas redes sociais. "Agora vou fazer oposição à candidatura do Lula ou ao seu governo por sete razões: mensalão, petrolão, aumento da violência, saque às estatais, defesa da censura, apoio a ditaduras e a maior crise econômica da história", afirmou. Em 2019, Moro foi nomeado por Bolsonaro ministro da Justiça e Segurança Pública, mas deixou a pasta um ano e quatro meses depois, alegando que o presidente teria tentado interferir em investigações da Polícia Federal (PF). Questionado sobre a ruptura e demais desentendimentos contra Moro, Bolsonaro disse que conversou com o ex-ministro e que "apaga de seu passado qualquer divergência que, por ventura, [tenha] ocorrido". "Sergio Moro é uma pessoa que realmente mostrou o que era corrupção no Brasil, levando dezenas de pessoas a condenações. E deu nova dinâmica, muita esperança ao Brasil naquele momento. Moro vai continuar, no meu entender, agora como senador, com o viés desse lado", afirmou o presidente. "Todos nós evoluímos. Eu mesmo, no passado, errei alguns pontos. E a gente evolui para o bem do nosso Brasil. Erramos, pedimos desculpas, não temos compromisso com o erro e vamos [continuar] evoluindo", acrescentou.