Wellington Luiz é favorito na disputa pela presidência da Câmara Legislativa do DF
Parlamentares evitam se lançar oficialmente, mas já conversam nos bastidores e até pedem votos para colegas
Eleições 2022|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
Deputados distritais já começaram a conversar com colegas e pedir votos para a presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Existem pelo menos cinco nomes na disputa, embora ninguém tenha lançado candidatura oficialmente. O favorito é o deputado Wellington Luiz (MDB), que tem apoio, nos bastidores, da vice-governadora eleita Celina Leão (PP) e do atual presidente da CLDF, Rafael Pudente (MDB).
Além de Wellington, João Hermeto (MDB) e Robério Negreiros (PSD) estão entre os mais citados por parlamentares. Jaqueline Silva (Agir) e Eduardo Pedrosa (União Brasil) também são mencionados, mas com menos frequência. As negociações ainda estão no começo e devem seguir até o fim de dezembro.
A votação para a Mesa Diretora acontecerá na tarde de 1º de janeiro de 2023, depois da posse da nova legislatura. Apesar do favoritismo, entre os pares não há consenso sobre Wellington Luiz, que é ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab).
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Hermeto, Negreiros, Pedrosa e Jaqueline Silva, no momento, são menos cotados do que Luiz, de acordo com o que disseram parlamentares ao R7. Pedrosa tem maiores chances, segundo fontes ouvidas pela reportagem, de assumir a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), que também está em seu radar.
Um deputado do grupo do governo afirmou que o candidato com apoio do Executivo local dificilmente perderá a eleição e terá, logo na partida, o voto de pelo menos nove parlamentares, além de atrativos para a oposição, como cargos na Mesa Diretora, garantindo, assim, o mínimo de 13 votos para presidir a casa.
A influência do 2º turno
Com uma bancada maior para os próximos quatro anos, a oposição é peça importante na disputa. O grupo deve ter seis votos na casa, o equivalente a 25% do total. São três distritais do PT, dois do PSOL e um do PSB. Eles já se reuniram e concordaram em decidir em bloco o candidato que apoiarão, mas só depois do 2º turno das eleições, que ocorre em 30 de outubro.
A expectativa é que o resultado da disputa entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) interfira no desenho final da disputa. A base do governo também está de olho no pleito e compreende que a vitória de um ou de outro deve mudar a correlação de forças que indicarão o candidato.