Mutação inédita causa diabetes neonatal e problemas neurológicos graves
Mutação no gene TMEM167A afeta produção de insulina e cérebro de recém-nascidos
Fala Ciência|Do R7

Uma nova forma de diabetes foi identificada, afetando apenas recém-nascidos. Pesquisadores internacionais descobriram que alterações no gene TMEM167A comprometem diretamente a produção de insulina, essencial para controlar a glicemia. Publicado na The Journal of Clinical Investigation, o estudo destaca a raridade e a complexidade dessa condição genética.
Entendendo a síndrome MEDS
Alguns recém-nascidos apresentaram uma combinação de:
Essa combinação é conhecida como síndrome MEDS. Até hoje, apenas 11 casos foram documentados no mundo, mostrando como a doença é excepcionalmente rara.
Principais sinais que podem indicar a síndrome:
O impacto do gene TMEM167A

O TMEM167A surge como um novo gene ligado à MEDS, sendo o terceiro identificado depois de IER3IP1 e YIPF5. Para que a síndrome se manifeste, é necessário que o bebê herde cópias mutadas do gene de ambos os pais.
Pesquisas com células-tronco
Para compreender o mecanismo, os cientistas criaram células beta a partir de células-tronco humanas, introduzindo a mutação observada nos pacientes.
Relevância para a medicina e pesquisas futuras
Apesar da raridade, a descoberta do TMEM167A oferece oportunidades importantes:
A identificação desta mutação genética amplia significativamente o conhecimento sobre diabetes neonatal e MEDS, mostrando como alterações em um único gene podem afetar simultaneamente funções metabólicas e neurológicas. Essa descoberta reforça a importância do diagnóstico genético precoce, que pode abrir caminhos para intervenções médicas mais eficazes e tratamentos personalizados.
