Alemão responderá na Justiça após arrancar parte da orelha de homem e órgão ser engolido por gaivota
A confusão ocorreu quando a vítima tentou defender uma mulher que estaria sendo abusada pelo namorado, num café na Turquia
Hora 7|Maria Cunha*, do R7
Uma briga ocorrida no ano de 2016 em um café na cidade de Istambul, na Turquia, ganhou um novo desdobramento e agora será julgada em um tribunal do país.
Ao tentar defender uma mulher que alegou estar sendo abusada por Danyal Tolgahan Alparslan, seu namorado alemão, o jovem Eyup Celik, de 29 anos, teve a orelha mordida e arrancada.
No entanto, engana-se quem acredita que a situação não poderia piorar: momentos depois, uma gaivota se aproximou e comeu o órgão decepado. Em razão disso, Celik está levando seu oponente ao tribunal e o acusa de tê-lo deixado com uma cicatriz para o resto da vida.
O advogado do suposto namorado abusivo, porém, culpou a ave pelos ferimentos da vítima e alegou que os cirurgiões poderiam tê-la recolocado, não fosse o pássaro com fome.
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Alparslan admitiu ter mordido a orelha de Celik quando se entregou à polícia, mas afirma que o ato horrível foi legítima defesa.
"Estávamos sentados no café com minha namorada no momento do incidente, e houve uma discussão entre nós. Afastamo-nos um pouco do café para não incomodar as pessoas", conta o alemão. "Continuamos a discutir verbalmente, enquanto Eyup Celik, que eu não conhecia antes, nos observava com um sorvete na mão."
O acusado, então, disse que confrontou o homem que o olhava e perguntou se algo estava errado, antes que a briga começasse.
"Ele me disse: 'Não me confunda com a garota ao seu lado' e me empurrou, segurando meu peito", continuou Alparslan. “Enquanto isso, minha camisa rasgou, houve uma briga entre nós, e caímos juntos no chão. Ele começou a pressionar meu rosto com a cabeça, então eu mordi para me livrar dele."
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O agressor disse que só mais tarde percebeu que havia mordido a orelha de seu oponente. Ele também afirmou que as pessoas que apoiavam Celik jogaram "cadeiras e chinelos" nele.
Desde então, ambas as partes apresentaram queixas uma contra a outra — uma ação foi movida contra Eyup Celik por lesão simples, seguida por uma contra-ação contra Alpaslan Seyrek, por "ferimento com cicatriz permanente no rosto". O caso está em andamento.
*Sob supervisão de Daniel Pinheiro