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Hora 7

Disputa sangrenta: maior ave voadora do mundo briga com touro durante festival

A tradição antiga é proibida em algumas regiões do Peru, e utiliza o animal símbolo do país, o condor-dos-andes

Hora 7|Do R7

Os animais são presos um ao outro para que a luta aconteça
Os animais são presos um ao outro para que a luta aconteça

Quem imaginou um combate desses? A "festa do sangue" coloca um touro e um condor-dos-andes para uma disputa bizarra e típica no Peru. Apesar de ser uma tradição proibida em diversas regiões peruanas, a luta continua acontecendo em algumas regiões.

A pequena aldeia peruana Coyllurqui não deixou de ser palco da famosa Festa de Yawar, que significa "festa do sangue". A tradição peruana foi proibida na maior parte do país, como Cusco, cidade onde era realizada a disputa, após a luta de ativistas dos direitos dos animais. ATENÇÃO: IMAGENS FORTES!

Mesmo assim, Coyllurqui realiza todo ano, nos últimos dias de julho, a luta entre pássaros e touros. Para que a festa aconteça é capturado um condor, processo bastante demorado já que se trata da maior ave do mundo, e levado para o vilarejo em uma cerimônia. 

Por ser um animal considerado simbólico pelos locais, a ave é tratada com cuidado, sendo bem alimentada para a briga. "Se as pessoas vêm, é para ver o condor. Se não há condor, não há festa", afirmou o prefeito de Coyllurqui, segundo o site Oddity Central.


Para a luta, o condor é colocado nas costas do touro, amarrado por anéis, e ambos tentam se libertar um do outro — a ave bica a pele, orelhas ou até mesmo os olhos do touro, que em agonia se movimenta para se livrar da ave.

Caso a luta esteja "fria", matadores com capas vermelhas são enviados para dentro do ringue para manter os animais ativos. Ambos acabam se machucando durante a luta, mas se o condor for gravemente ferido ou morrer, o fato é considerado um anúncio de que a comunidade passará por algo ruim.


A batalha também simboliza algo importante para os peruanos, já que a ave símbolo do país é colocada acima do touro, símbolo não oficial da Espanha, que colonizou o país latino-americano.

"Quando [as pessoas] colocam o condor em cima do touro, é uma forma de dizer que o Inca está de volta. Para eles, é importante ter esse sentimento – pelo menos uma vez por ano eles podem ter esperança", disse a fotojornalista Cecilia Larrabure.


Apesar da luta para impedir que a festa continue acontecendo, os moradores locais se recusam a parar com a tradição que é positiva para a economia, já que atrai curiosos à cidade.

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