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Ele está de volta: foto com 'resposta definitiva' para a cor do vestido viraliza e gera novas discussões

Vestimenta que virou meme há oito anos foi chamada de 'drama que dividiu o planeta' e até inspirou estudos de neurociência

Hora 7|Filipe Siqueira, do R7

A resposta definitiva para uma velha questão foi lembrada
A resposta definitiva para uma velha questão foi lembrada

Ele está de volta: oito anos depois de se tornar um dos assuntos mais discutidos da história da internet, uma nova foto do Vestido viralizou. E numa versão que tenta facilitar a identificação da cor da vestimenta.

A foto foi publicada em um tuíte no domingo (26), e mostrou o mesmo modelo de vestido sob a luz do sol. A iluminação deixou as diversas cores dele ainda mais aparentes.

A publicação foi visualizada mais de 20 milhões de vezes e recebeu mais de 210 mil curtidas na rede social.

Nas respostas, foi possível perceber que a questão ainda permanece em aberto na mente de muitos.


"O vestido é literalmente dourado e branco, mas é azul e preto sob a sombra", afirmou um comentário, logo respondido: "A mulher que comprou o vestido foi até Ellen [o programa da comediante Ellen DeGeneres] usando o vestido. Era preto e azul. Eu vejo branco e dourado, mas quando você realmente vê, é preto e azul."

A foto altamente viral com a resposta para o questionamento da cor do vestido não é nova. Na verdade, foi publicada ainda no calor da discussão, em outubo de 2015, por uma usuária do Reddit chamada Barbarellaf.


No registro, onde uma amiga dela usa a peça lendária, vemos que na sombra o vestido parece azul, e sob a luz a roupa aparece branca e dourada.

A foto foi chamada na época como uma "resposta definitiva" para a questão — intitulada pelo jornal Washington Post como "o drama que dividiu o planeta", após ser originalmente divulgado pelo BuzzFeed, que referenciou uma postagem do Tumblr.


Mudança na neurociência

Inclusive, a discussão foi tão intensa e complicada que um neurocientista especializado em percepção se dedicou a tentar descobrir por que algumas pessoas enxergavam o vestido azul, e outras o veem branco.

Pascal Wallisch, da Universidade de Nova York, concluiu que a iluminação ambígua e a máquina fotográfica com pouca resolução contribuíram para tornar a imagem muito mais divisiva que as famosas ilusões de ótica que circulam em redes sociais — geralmente, tais ilusões contêm em si duas respostas visíveis, ao contrário da foto do vestido, que não possui conclusões definitivas.

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Segundo um estudo de Pascal, que envolveu 10 mil participantes, indivíduos que foram expostos mais tempo à luz artificial (geralmente pessoas mais noturnas que trabalham em ambientes fechados) têm mais probabilidade de dizer que o vestido é azul e preto. Isso porque tais pessoas concluem inconscientemente que o vestido era iluminado por luz do tipo. O contrário, com pessoas acostumadas a ambientes ao ar livre, também é verdadeiro.

Isso ocorre porque a neurociência demonstrou que cores não existem de verdade: são fruto da luz (uma onda eletromagnética) refletida por superfícies, captadas por nossos olhos e processadas pelo cérebro. Enxergar objetos e cenários ao ar livre leva o cérebro a se acostumar com tal tipo de iluminação, e processar ambiguidades baseado nesse costume.

Como um dos trabalhos do cérebro é justamente evitar tais ambiguidades (que podem ser fundamentais para a sobrevivência), a resposta das cores foi definitiva para os indivíduos e gerou discussões acaloradas em que ambos os lados estão "certos".

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