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A jornalistas, Trump diz que China 'deve investigar' filho de Biden

Presidente dos EUA, que é alvo de investigação sobre pedido semelhante ao governo da Ucrânia, afirmou que 'certamente' pediria isso a XI Jinping

Internacional|Da EFE

Trump durante a entrevista em que admitiu que pediria para China investigar Biden
Trump durante a entrevista em que admitiu que pediria para China investigar Biden

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (3) que a China deve investigar Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente e pré-candidato democrata à Presidência, Joe Biden, pelos seus negócios nesse país. A declaração pública a jornalistas ocorre em meio à controvérsia gerada por um pedido semelhante ao presidente da Ucrânia.

"A China deve iniciar uma investigação sobre Biden. O que aconteceu na China é tão ruim quanto o que aconteceu na Ucrânia", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, antes de seguir para a Flórida onde participará de um ato de campanha.

O republicano afirmou que "certamente" poderia pedir ao presidente chinês, Xi Jinping, que iniciasse uma investigação sobre a atividade de Hunter Biden no gigante asiático.

"Eu não fiz isso, mas certamente é algo em que podemos começar a pensar", insistiu o presidente.


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Investigação de impeachment

O mandatário americano fez estes comentários depois que a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, anunciou na semana passada uma investigação para iniciar um possível julgamento político contra Trump por causa de uma conversa telefônica, ocorrida no dia 25 de julho, com o presidente ucraniano, Vladimir Zelenski, pedindo para investigar Biden e seu filho Hunter por suposta corrupção no país.


Longe de desistir dessa ideia, Trump disse aos jornalistas nesta quarta que também recomendaria a Zelenski que inicie uma investigação sobre o comportamento de Biden.

"Eu diria: presidente Zelenski, se eu fosse você, começaria uma investigação sobre o Biden", repetiu.


Hunter Biden fala sobre acusações

Em uma entrevista em julho à revista The New Yorker, Hunter Biden se defendeu contra as acusações de ter aceitado suborno de um magnata chinês.

De acordo com a publicação, o filho do ex-vice-presidente ofereceu ao empresário chinês Ye Jianming "usar seus contatos" quando estava no conselho do Programa Mundial de Alimentos dos EUA para ajudar a identificar oportunidades de investimento para sua companhia.

Hunter Biden explicou que Ye lhe enviou um diamante de 2,8 quilates (avaliado em cerca de US$ 80 mil), que o filho do ex-vice-presidente descartou como suborno e deu a pedra aos seus sócios.

A ligação de julho entre Trump e Zelenski fez com que um oficial de inteligência apresentasse em agosto uma denúncia interna, que após uma briga política entre o Congresso e o governo, foi divulgada na semana passada.

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