Ação militar israelense deixa 28 feridos na Cidade Antiga de Jerusalém

Jerusalém, 13 jun (EFE).- Pelo menos 28 palestinos ficaram feridos e outros oito foram detidos nesta sexta-feira em uma ação do Exército israelense na disputada Esplanada das Mesquitas, situada na Cidade Antiga de Jerusalém. Segundo a agência de notícias local "Ma'an", os distúrbios ocorreram pouco depois do término da reza comunitária das sextas-feiras, quando as tropas israelenses invadiram o local sagrado para atuar um grupo de manifestantes que apoiava os presos palestinos em greve de fome. Pelo menos 125 pessoas em prisão administrativa - termo que Israel utiliza para prender pessoas sem julgamento e que pode se prolongar durante anos - estão em greve de fome há mais de 50 dias. Os manifestantes conseguiram sair do local e marchar em direção à chamada porta marroquina da muralha, onde as tropas começaram a lançar bombas de efeito moral, gás pimenta e balas de borracha. Na sequência, os militares israelenses instalaram postos de controle nas entradas da Esplanada, nos quais oito pessoas foram detidas, explicaram testemunhas à Agência Efe. "A maior parte dos feridos apresentavam ferimentos leves e tiveram que ser atendidos, principalmente, por causa da inalação de gás", explicou à imprensa local Ziad Sorur, porta-voz médico na clínica de al-Aqsa. Um porta-voz do Exército israelense, por sua parte, afirmou que as tropas atuaram contra homens mascarados e grupos de jovens que começaram a lançar pedras e outros objetos. A Mesquita de al-Aqsa, o terceiro santuário mais sagrado do Islã, se encontra no local que os muçulmanos conhecem como esplanada das mesquitas - o Monte do Templo para os judeus -, um território em disputa no coração da parte antiga de Jerusalém. Os judeus acreditam que o Templo de Salomão se encontrava no local e que o muro ocidental, ou muro das lamentações, é o único que sobreviveu à destruição romana do ano 70. EFE jm/fk