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Adolescente brasileiro separado dos pais tentou fugir de abrigo nos EUA

Em outro caso, mãe estava presa sem saber do paradeiro dos filhos até que o consulado brasileiro conseguiu fazer a família se comunicar por telefone

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

Brasileiros separados da família estão em abrigos nos EUA
Brasileiros separados da família estão em abrigos nos EUA Brasileiros separados da família estão em abrigos nos EUA

Os poucos relatos que chegam aos consulados brasileiros sobre os 49 crianças e adolescentes separados dos familiares nos EUA mostram que a situação é dramática. Em entrevista ao R7, o cônsul brasileiro em Houston, Felipe Santarosa, contou que um adolescente tentou fugir do abrigo onde estava em Nova York. O jovem brasileiro foi recapturado depois.

Tem sido difícil para os diplomatas acompanharem a situação dos brasileiros que foram separados de seus familiares após a instauração da política de "tolerância zero" do presidente Donald Trump contra imigrantes ilegais. A maior parte das crianças e adolescentes brasileiros ainda não foi identificada.

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Segundo Santarosa, dos brasileiros já identificados, nenhum está sendo mantido nos galpões com jaulas que marcaram o noticiáio internacional nos últimos dias. A maioria dos abrigos onde as crianças estão dispõe de boa infraestrutura, dormitórios e outras facilidades para os jovens.

Ainda assim, a intenção do governo brasileiro é reunir adolescentes e pais o quanto antes, fazendo uso da ordem administrativa assinada por Trump.

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Outros casos de brasileiros

Ontem, Santarosa revelou à Agência Brasil o caso de uma mãe que estava presa, mas não sabia onde os filhos estavam. Com a ajuda do Consulado mãe e filhos conseguiram se falar por telefone e estabeleceram o acordo de que a ligação vai acontecer ao menos uma vez por semana.

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Na semana passada, o R7 contou a história de sete crianças detidas na fronteira com o México. Entre eles, estavam três irmãos que foram impedidos de se abraçar para acalmar o mais novo.

Antar Davidson de Sá, um ex-funcionário do abrigo onde os irmãos estavam, contou que as crianças não tinham entendido o que os funcionários americanos falavam e pensaram que a mãe tinha morrido.

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Além disso, não foi permitido que os jovens brasileiros que estavam nesse abrigo em Tucson, no Arizona, tivessem aulas de inglês com Sá, o único profissional que falava português na instituição. Eles teriam que aprender o novo idioma nas aulas programadas para crianças que falam espanhol.

Matheus Bastos, único brasileiro identificado até aqui pelo advogado que cuida do caso para a família, é um adolescente brasileiro de 16 anos que sofre de autismo e epilepsia severos e foi separado de sua avó, Maria Vandelice Bastos, que é sua guardiã legal.

Eles estão afastados há 10 meses, segundo o advogado da avó, Eduardo Beckett.

Maria chegou aos Estados Unidos pedindo asilo. Segundo o advogado, ela teria sido ameaçada por um policial militar no Brasil e tem medo de voltar ao país.

Santarosa explica, no entanto, que os Estados Unidos quase não concedem asilo para brasileiros, pois o governo norte-americano vê o Brasil como uma democracia que não traz risco para seus cidadãos.

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