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Advogada quer que príncipe Andrew seja intimado a depor sobre Epstein

Lisa Bloom, que defende vítimas de Epstein, pretende que príncipe Andrew mostre todos os documentos relevantes sobre contato com empresário

Internacional|Do R7

Príncipe se afastou de obrigações da realeza
Príncipe se afastou de obrigações da realeza

A advogada de algumas das vítimas de Jeffrey Epstein — empresário americano acusado de tráfico sexual de menores que foi encontrado morto em um prisão dos Estados Unidos — pretende apresentar uma intimação para que o príncipe Andrew colabore com as investigações sobre os abusos sofridos, segundo informações divulgadas pelo jornal britânico The Guardian nesta quinta-feira (21).

O filho da rainha Elizabeth 2ª foi amigo de Epstein e tem sido alvo de críticas depois que a americana Virginia Giuffre afirmou ter mantido relações íntimas com o príncipe em três oportunidades a mando do empresário. A polêmica levou Andrew a anunciar, nesta quarta-feira (20), que vai se afastar das obrigações da realeza "por um futuro próximo".

Intimação para depoimentos 

Lisa Bloom, advogada que representa cinco das vítimas de Jeffrey Epstein, pediu, no Twitter, que o príncipe e sua equipe apareçam para depoimentos civis e apresentem todos os documentos relevantes sobre seu contato com Epstein.


"Tenho trabalhado com 5 vítimas de Epstein há meses. O príncipe Andrew simplesmente não foi crível em sua entrevista. Ele e sua equipe devem cooperar com todas as investigações, se apresentar em depoimentos civis e produzir todos os documentos. Estamos apenas começando", afirmou.

Entrevista à BBC


A entrevista a que Lisa se refere é uma conversa com Andrew veiculada pela rede de notícias britânica BBC na última semana, em que as respostas vagas do príncipe deixaram abertas inúmeras dúvidas sobre sua ligação com Epstein.

Ao ser questionada, pelo serviço de rádio da BBC, se iria apresentar uma intimação para que o príncipe fizesse um depoimento legal a respeito da amizade com o empresário, a advogada respondeu que essa é uma de suas pretensões, "como parte de nossa investigação".


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De acordo com o The Guardian, Lisa acrescentou que "deve ser difícil apresentar uma intimação a ele, mas nós acreditamos que ninguém está acima da lei, e que todos devem responder perguntas se tiverem informações relevantes — e ele claramente dispõe de informações relevantes".

Investigações desde 2005

As investigações contra Jeffrey Epstein começaram em 2005, quando os pais de uma menina de 14 anos disseram à polícia da Flórida que ele havia abusado de sua filha em sua casa em Palm Beach. Após ser processado, Epstein fez um acordo com promotores e conseguiu escapar de denúncias federais — que poderiam ter feito com que ele encarasse prisão perpétua.

Em vez disso, recebeu uma sentença de 18 meses de prisão, durante a qual ele pode sair para o trabalho por 12 horas por dia, seis dias por semana. Depois de 13 meses, foi solto em liberdade vigiada. Desde 2008, entretanto, ele estava listado como um infrator sexual em Nova York. Nos Estados Unidos, essa designação vale para a vida.

Amizade de longa data

O filho da rainha Elizabeth 2ª e Epstein se conheceram nos anos 90 por meio de uma amiga em comum chamada Ghislaine Maxwell, filha de Robert Maxwell, um bem-sucedido empresário da imprensa.

Nos anos posteriores, foram vistos tirando férias nos mesmos lugares e, inclusive, o príncipe convidou Epstein à casa de campo da família real britânica em Sandringham e ao Castelo de Windsor.

Depois que o magnata foi julgado em 2008 e deixou a prisão em 2010, ambos foram fotografados juntos em Nova York, o que obrigou o príncipe a pedir desculpas, a declarar que tinha rompido sua relação com o acusado e a renunciar ao seu cargo de representante do Reino Unido para o Comércio Exterior.

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