Logo R7.com
RecordPlus

África do Sul: primeiro ministério paritário do país assume posse

Presidente Cyril Ramaphosa escolheu 14 mulheres e 14 homens para cargos. Modelo igualitário de governo foi adotado também pela Etiópia e Ruanda

Internacional|Da EFE

  • Google News
Ministério tem número igual de homens e mulheres
Ministério tem número igual de homens e mulheres

Os 14 homens e as 14 mulheres escolhidos para ocupar cargos de ministro pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, tomaram posse nesta quinta-feira (30) e se tornaram a primeira equipe de governo paritária da história do país e a terceira do continente africano.

Os 28 novos ministros foram empossados durante uma cerimônia protocolar realizada em Pretória sob o comando do presidente do Tribunal Constitucional da África do Sul, Mogoeng Mogoeng.


A nova composição do governo tinha sido anunciada ontem à noite por Ramaphosa, recém-reeleito presidente do país, que destacou, além de paridade de gênero, o número significativo de jovens.

Leia também

A África do Sul segue caminho já adotado por Etiópia e Ruanda, os dois únicos países da África com ministérios compostos por um número igual de homens e mulheres.


Entre as mulheres que formam o novo governo estão colaboradoras frequentes de Ramaphosa, como Lindiwe Sisulu, quem passou do Ministério de Relações Exteriores para o de Assentamentos, Água e Saneamento, e Naledi Pandor, a nova chanceler do país.

Para a surpresa da opinião pública, Ramaphosa também incluiu uma figura conhecida da oposição no governo, Patricia de Lille. Ex-prefeita da Cidade do Cabo, ela será nova ministra de Obras Públicas e Infraestrutura.


De Lille era uma dos principais nomes da Aliança Democrática, principal grupo de oposição do país. Em outubro do ano passado, ela decidiu deixar a legenda por divergências com a cúpula do partido.

De Lille criou o próprio partido, o Good, e disputou as eleições último dia 8 de maio, vencidas pelo Congresso Nacional Africano (CNA). Ela conseguiu duas cadeiras no parlamento.


Apesar do ministério paritário, Ramaphosa não respondeu aos pedidos feitos pela opinião pública nos últimos dias para que colocasse uma mulher pela primeira vez na vice-presidência.

O posto continuará sendo ocupado por David Mabuza, apesar das acusações de mau desempenho levantadas dentro do CNA.

Outras figuras-chave seguirão no governo, como o ministro de Finanças, Tito Mboweni, ou o de Empresas Públicas, Pravin Gordhan.

O governo da África do Sul, que chegou a ter 36 ministérios, agora terá apenas 28. Ramaphosa reduziu o tamanho gabinete para cumprir uma promessa que fez quando assumiu a presidência em 2018, após a renúncia de Jacob Zuma, envolvido em casos de corrupção.

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.