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Ameaça dos houthis no mar Vermelho afeta quase 200 navios comerciais

Empresa americana rastreou 157 embarcações que alteraram a rota, enquanto 28 estão paradas aguardando alguma mudança no cenário

Internacional|Do R7


Risco à navegação reduziu o tráfego de embarcações no canal de Suez
Risco à navegação reduziu o tráfego de embarcações no canal de Suez

As ameaças de rebeldes houthis, do Iêmen, a navios mercantes no mar Vermelho afetavam 185 embarcações, na terça-feira (26), informa um relatório de uma empresa americana que oferece soluções para o setor de logística.

Segundo o mapeamento da Project44, 157 navios decidiram seguir viagem por uma rota alternativa ao canal de Suez, o cabo da Boa Esperança, no sul da África, adicionando às viagens de 7 a 20 dias.

"Alguns navios que estão sendo redirecionados aumentaram suas velocidades para ajudar a mitigar [a demora], o que requer o uso de mais combustível, podendo aumentar os preços do transporte marítimo. As transportadoras Maersk, CMA CGM e Hapag-Lloyd anunciaram que imporão sobretaxas extras após reencaminhar os navios em resposta aos ataques", afirma a empresa.

Outras 28 embarcações permanecem paradas em diversas localidades, enquanto aguardam uma eventual mudança no cenário.

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O corredor ameaçado pelos houthis, grupo pró-Irã que também apoia os terroristas do Hamas na luta contra Israel, é passagem para o canal de Suez, a rota mais curta entre a Ásia e a Europa.

"O volume no canal de Suez nesta semana está mais de 31% abaixo em comparação com esta mesma semana do ano anterior", acrescenta o documento.

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Uma coalizão liderada pelos EUA, chamada operação Guardião da Prosperidade, foi montada para garantir a segurança da marinha mercante no mar Vermelho e no golfo de Áden, mas os navios parados ainda refletem o clima de tensão, afirma a Project44.

"Esses navios estão adiando a passagem, sugerindo que os transportadores não estão confiantes na segurança do trajeto pelo mar Vermelho".

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Em azul-claro, navios que mudaram a rota; em azul-escuro, os que estão parados
Em azul-claro, navios que mudaram a rota; em azul-escuro, os que estão parados

Os impactos globais da restrição da navegação já começaram a ser sentidos. O que mais preocupa é o petróleo.

"Em 18 de dezembro de 2023, a [petroleira britânica] BP anunciou uma pausa em todos os embarques no mar Vermelho, causando aumento nos preços do petróleo e gás", lembra a empresa americana.

Os houthis intensificaram nas últimas semanas os ataques a navios que trafegam pelo estreito de Bab el-Mandeb, usando mísseis e drones suicidas. Mais de uma dezena de embarcações sofreram algum dano. 

Alguns dos principais armadores do mundo anunciaram a suspensão das operações no mar Vermelho devido ao risco para as tripulações. 

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