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América Latina é o 2º lugar mais perigoso para jornalistas no mundo

Ranking da Unesco coloca Brasil em 7º lugar em assassinatos

Internacional|Diego Junqueira, do R7

Radialista Jairo Oliveira da Silva morreu a tiros há um ano em Salvador
Radialista Jairo Oliveira da Silva morreu a tiros há um ano em Salvador

A Ásia e a América Latina continuam sendo as duas regiões do mundo mais perigosas para o trabalho de jornalistas, segundo ranking da Unesco.

O órgão das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura divulga na próxima semana relatório consolidado sobre os assassinatos em 2016, para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, em 2 de novembro.

No topo do ranking estão cinco países asiáticos e três latino-americanos, incluindo o Brasil. Com cinco assassinatos no ano passado, o País alcançou a sétima posição entre os mais mortais.

O último jornalista morto no País foi Jairo Oliveira da Silva, de 54 anos. Radialista e dono de uma rádio comunitária em Salvador, na Bahia, ele foi assassinado a tiros em casa, na frente da filha de cinco anos, no bairro de Pirajá.


Assassinatos de jornalistas brasileiros é tema de documentário

A primeira posição do ranking é dividida entre México e Afeganistão, com 13 jornalistas assassinados em 2016.


Os jornalistas mexicanos são alvos frequentes da ação de grupos de narcotraficantes que disputam o tráfico de drogas no país. Só em 2017, segundo contagem preliminar da Unesco, outros 11 jornalistas foram assassinados.

A situação é ainda mais grave no México porque as autoridades são incapazes de identificar os suspeitos e realizar investigações.


Já o Afeganistão vive em estado de guerra desde 2001, logo após tropas norte-americanas destituírem o regime taleban do poder, como consequência dos ataques de 11 de setembro daquele ano nos Estados Unidos.

Em terceiro lugar aparece o Iêmen, com 11 mortes. O país vive uma guerra civil há dois anos, com efeitos catastróficos para a sociedade, como a fome e um surto de cólera.

Em quarto e quinto lugar estão o Iraque e a Síria, com 9 e 8 jornalistas assassinados respectivamente. Os dois países enfrentam desde 2014 a invasão de tropas do grupo radical Estado Islâmico, que chegou a anunciar a independência de uma região que abrange parte dos dois países.

Em sexto lugar aparece a Guatemala, com sete mortes. Assim como no México, os jornalistas locais enfrentam dificuldades na cobertura do crime organizado e do tráfico das drogas ilegais.

Veja abaixo os jornalistas brasileiros mortos em 2016:

Jairo de Oliveira Silva foi assassinado em 16 de outubro de 2016.

Mauricio Campos Rosa foi assassinado em 17 de agosto de 2016.

João Miranda do Carmo foi assassinado em 24 de julho de 2016.

Manoel Messias Pereira foi assassinado em 9 de abril de 2016.

João Valdecir de Borba foi assassinado em 10 de março de 2016.

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