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Americana sofre de síndrome rara e pode vomitar até 15 vezes por hora

Condição provoca episódios debilitantes e exige cuidado especializado para controle dos sintomas

Internacional|Do R7

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Sharisse Zeroonia sofre da síndrome de vômito cíclico (SVC) Reprodução/Instagram/mediterranean_homesick_blues

Sharisse Zeroonian, natural de Massachusetts, nos Estados Unidos enfrenta uma realidade pouco conhecida: ela sofre da síndrome de vômito cíclico (SVC), uma condição que pode levá-la a vomitar até 15 vezes por hora durante dias seguidos.

Diagnosticada em 2023 após dois anos de exames e múltiplas idas ao pronto-socorro, Sharisse vivia uma luta diária contra o sofrimento físico e emocional causado pela doença.


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Os episódios de vômito, geralmente desencadeados por estresse, ansiedade ou sintomas pré-menstruais, são acompanhados por náuseas intensas, suor e outros sintomas como dores abdominais, diarreia, tontura e sensibilidade à luz. Após cada crise, há intervalos de saúde relativa, mas o ciclo se repete, prejudicando a qualidade de vida e o desempenho profissional da paciente.


A síndrome de vômito cíclico, que afeta cerca de 2% da população, é mais frequente em mulheres jovens e em pessoas com histórico pessoal ou familiar de enxaqueca. O diagnóstico é desafiador, já que a SVC pode ser confundida com intoxicação alimentar, gripe estomacal ou outros distúrbios gastrointestinais. Muitas vezes, os pacientes recebem diagnósticos errados, como aconteceu com Sharisse, que inicialmente foi tratada por uma suposta enxaqueca.


Segundo especialistas, os gatilhos para as crises incluem problemas sinusais, certos alimentos e bebidas — como álcool, cafeína, chocolate e queijo —, excesso de esforço, movimento, além do ciclo menstrual. A gestão da condição envolve medicamentos para controlar náuseas e ansiedade, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicamentos para enxaqueca para aliviar sintomas.


Apesar dos desafios, Sharisse encontrou na arte uma forma de expressão e superação. Ela escreveu e dirigiu um filme semi-autobiográfico, uma comédia dramática intitulada “Nothing Solid” (nada sólido, em tradução livre), que aborda a síndrome sob uma perspectiva única e até humorística. A produção está prevista para lançamento em agosto.

Para a jovem, falar abertamente sobre a doença e compartilhar sua experiência têm sido parte fundamental do processo de cura. “Eu sofria muito mais quando não falava sobre isso”, declarou. Embora ainda enfrente crises semanais, elas têm se tornado menos intensas e mais curtas, permitindo-lhe retomar certas atividades com maior equilíbrio.

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