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Após 100 dias de violência, milhares tentam deixar a Nicarágua

Somente a Costa Rica já recebeu mais de 14 mil pedidos de asilo, por causa de uma onda de repressão violenta a protestos contra o presidente Ortega

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Partidários do governo chamaram jornal de 'terrorista'
Partidários do governo chamaram jornal de 'terrorista' Partidários do governo chamaram jornal de 'terrorista'

A violência na Nicarágua completou 100 dias nesta quinta-feira (26), com mais de 300 mortes, incluindo a da brasileira Raynéia Gabrielle Lima, na última segunda. A situação está fazendo com que muitos nicaraguenses, opositores do governo do presidente Daniel Ortega, optem por deixar o país.

Um exemplo é a alta de pessoas que tentam migrar para a Costa Rica. Somente em maio e junho deste ano, o governo costarriquenho recebeu mais de 14 mil pedidos de asilo. Outros países para onde os nicaraguentes estão fugindo são Panamá, Canadá e Espanha, segundo o jornal La Prensa.

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O principal motivo para o êxodo é a violência com que o regime Ortega vem reprimindo manifestações desde que o presidente promulgou em abril, sem passar pelo Congresso, uma reforma da Previdência nacional.

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Além de ataques por parte de grupos paramilitares e da polícia, muitos opositores estão sendo alvo de processos judiciais.

Fuga para a Costa Rica

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A maior parte dos pedidos de refúgio é feita por pessoas que atravessam a pé e ilegalmente a fronteira entre a Nicarágua e a Costa Rica. No consulado costarriquenho em Manágua, foram registrados mais de 3 mil pedidos oficiais de refúgio nos meses de maio e junho.

A grande maioria dos pedidos é feita por jovens e o processo de avaliação, que normalmente dura 11 meses, pode demorar ainda mais, porque os escritórios de imigração da Costa Rica estão abarrotados de pedidos.

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Intimidação contra a imprensa

Partidários do presidente Daniel Ortega estiveram, na noite de quarta-feira, na frente da sede da ND Médios, empresa que publica o jornal Nuevo Diário e outros veículos.

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Armados com fuzis e encapuzados, eles estacionaram uma caminhonete e projetaram imagens na fachada do edifício, dizendo que o grupo pratica 'terrorismo golpista' por se opôr ao governo.

Os funcionários que estavam no prédio foram evacuados por medida de segurança.

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