O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (17) que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, sobre os desdobramentos do conflito entre Ucrânia e Rússia.Em uma declaração publicada na rede social X, Macron defendeu que qualquer solução para o conflito na Ucrânia deve garantir uma paz sólida e duradoura, o que, segundo ele, só será possível com o fim da agressão russa e a implementação de garantias de segurança firmes e críveis para os ucranianos. Macron afirmou ainda que os países europeus “querem acelerar a implementação da sua própria agenda de soberania, segurança e competitividade”, além de estar “convencido de que os europeus terão de investir melhor, mais e em conjunto na sua segurança e defesa, hoje e amanhã”. O presidente francês também alertou que, sem esses elementos, há o risco de que um eventual cessar-fogo tenha o mesmo destino dos acordos de Minsk. Os Acordos de Minsk foram tratados assinados em 2014 e 2015 para tentar encerrar o conflito entre a Ucrânia e separatistas pró-Rússia no leste do país. Os termos previam cessar-fogo, retirada de armamentos e maior autonomia para as regiões de Donetsk e Luhansk. No entanto, as violações constantes e a falta de implementação plena dos termos levaram ao fracasso das negociações, culminando na invasão russa em 2022.A declaração veio após uma reunião de líderes europeus em Paris, na qual foram discutidas formas de fortalecer a defesa do continente diante da escalada das tensões. Durante o encontro, países em situação mais vulnerável pressionaram por um aumento nos investimentos em segurança.A cúpula foi convocada por Macron em resposta às negociações bilaterais de paz organizadas por Trump com a Rússia, que excluíram tanto os aliados europeus quanto a própria Ucrânia.