Dezenas de meninas foram envenenadas neste sábado (8) em várias escolas no Irã, um país abalado por mais de quatro meses por misteriosos casos com estudantes, informou a imprensa local. Pelo menos 60 garotas sofreram intoxicação hoje no país asiático.
Desde o final de novembro, muitas escolas, principalmente para meninas, foram afetadas por intoxicações repentinas causadas por gases ou substâncias tóxicas, causando mal-estar e desmaios, às vezes seguidos de internações.
Citado na sexta-feira pela televisão estatal, o chefe da Comissão Nacional de Apuramento de Fatos, deputado Hamidreza Kazemi, declarou que o relatório final do órgão será publicado "dentro de duas semanas".
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Pelo menos "60 estudantes foram envenenados [no sábado] em uma escola para meninas em Haftkel", na província de Khozestan, no sudoeste do país, disse a agência de notícias Iribnews, citando uma autoridade local.
Outras meninas também foram envenenadas em "cinco escolas de Ardabil, no noroeste", onde apresentaram "sintomas de ansiedade, falta de ar e dores de cabeça", acrescentou a mesma fonte.
Em Urmia, capital da província do oeste (noroeste) do Azerbaijão, "um número desconhecido" de alunos do ensino fundamental também foi afetado "após uma projeção de gás", disse a agência Ilna, sem dar mais detalhes.
Um balanço oficial de 7 de março indicava que "mais de 5.000 estudantes" haviam sido envenenados em mais de 230 estabelecimentos localizados em 25 províncias, das 31 que o país possui.
Os envenenamentos haviam parado no início de março, após o anúncio de cem prisões, mas recomeçaram três semanas depois.
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, pediu em 6 de março "penalidades severas", incluindo a pena de morte, contra as pessoas que seriam responsabilizadas por esses envenenamentos.