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Argentina: dois executivos são condenados por crimes na ditadura

Eles trabalhavam na Ford e foram sentenciados por crimes contra a humanidade, relacionados ao sequestro de 24 pessoas em 1976

Internacional|Do R7

Pedro Muller, um dos condenados, deixa tribunal
Pedro Muller, um dos condenados, deixa tribunal Pedro Muller, um dos condenados, deixa tribunal

Um tribunal argentino condenou dois ex-executivos de uma fábrica local da Ford Motor Co por participarem do sequestro de trabalhadores da companhia durante a ditadura do país na década de 1970, afirmou uma advogada das vítimas dos crimes nesta terça-feira (11).

Leia mais: Morre ex-militar e último presidente da ditadura na Argentina

O caso diz respeito ao sequestro de 24 pessoas em 1976 que trabalhavam em uma fábrica da Ford nos arredores de Buenos Aires.

Os ex-executivos locais da Ford Pedro Muller e Hector Sibilla foram condenados a 10 e 12 anos de prisão, respectivamente, pelo envolvimento no sequestro e tortura dos trabalhadores, disse Elizabeth Gomez Alcorta, uma advogada que representa as vítimas, à Reuters.

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A Argentina foi governada por uma ditadura militar entre os anos de 1976 a 1983.

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A Ford Argentina disse em nota que não foi parte envolvida no processo e que cooperou inteiramente com os promotores.

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Muller e Sibilla "forneceram os meios necessários" para agentes da ditadura identificarem membros importantes do sindicato que representava trabalhadores da fábrica "para que eles pudessem ser detido", segundo uma nota da agência oficial de informações do Judiciário da Argentina.

Questionado sobre os próximos passados, Tomas Ojea Quintana, outro advogado das vítimas, disse que eles estão avaliando processar a Ford Motor nos Estados Unidos.

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"Está claro que a Ford Motor Company tinha controle da subsidiária argentina durante a década de 70. Portanto, há uma responsabilidade direta da Ford Motor Company e isso pode nos dar a possibilidade de levar o caso a tribunais dos EUA", disse ele.

Veja a galeria - 'Muy amigos': Trump e Macri preservam relação construída no meio dos negócios

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Antes conhecidos por serem grandes empresários, Donald Trump e Mauricio Macri conseguiram chegar ao cargo de maior importância de seus respectivos países: a presidência. Hoje em dia, as relações entre os dois líderes, no entanto, vão além das negociações diplomáticas. Desde 1979, as famílias Trump e Macri mantém uma fiel relação diplomática, quando Franco Macri, pai de Mauricio, comprou mais de 60% do projeto de um projeto do magnata americano chamado Lincoln West, em Nova York
Posteriormente, Trump faria sua fortuna com a compra e venda de imóveis, mas os planos que ele tinha de construir um prédio de 150 andares no coração de Manhattan para o Lincoln West não agradaram a vizinhança.  A população protestava contra a urbanização da região. Foi aí que o empresário decidiu abrir mão do projeto, em 1979. O mesmo ano que Franco Macri viajou para Nova York com Mauricio, que à época tinha 21 anos
O pai pretendia introduzir o filho no mundo dos negócios e ensiná-lo a sonhar com projetos ambiciosos e viu no Lincoln West uma boa oportunidade para isso. Ao fechar o negócio, no entanto, Franco descobriu que as transações nos Estados Unidos implicariam um alto custo de impostos e decidiram cancelar a transação. Mesmo assim o acordo envolvendo o Lincoln West acabou custando por de 30 milhões de dólares (R$ 94 milhões) para os Macri na época
Desde então, as duas famílias mantêm estreitos laços econômicos e de amizade, havendo inclusive ocasiões em que os atuais presidentes chegaram a jogar golf juntos. A última polêmica envolvendo Macri e Trump envolve a construção de um prédio de 35 andares em Buenos Aires. Segundo a imprensa argentina, o novo presidente dos Estados Unidos pediu para instalar um escritório na capital quando Macri fez uma ligação para parabenizá-lo pela vitória nas eleições
A informação teria vindo de dentro do próprio gabinete de Macri, dizendo que o republicano pediu ajuda para obter a licença para a construção do imóvel, que se chamaria Trump Office. O porta-voz do presidente argentino, Iván Pavlovsky, negou as declarações. — Macri não falou com Donald Trump sobre a construção da torre. Eles apenas conversaram sobre a continuação das relações entre os dois países e recordaram a sua relação antiga
Desde que assumiu a chefia da Casa Branca, Trump tem dito que não fará uso do cargo para benefício pessoal. Como prova, o republicano deixou passou o comando de seus negócios para os filhos Ivanka, Donald Jr. e Eric. O problema é que os três herdeiros também estavam na equipa de transição da presidência e têm crescido as acusações de que o Trump mistura interesses comerciais com as suas obrigações oficiais como mandatário
Assim como Trump, Macri também nasceu numa família abastada de imigrantes. “Os Macri têm uma inteligência poderosa”, escreveu o americano em seu livro A Arte do Negócio, no qual dedica um longo capítulo aos negócios com o pai e o filho argentinos. — O que lhes faltava era experiência prática, sobretudo em Nova Iorque, onde é tão difícil desenvolver qualquer tipo de investimento imobiliário
Semelhante à decisão de Trump de barrar a entrada de imigrantes de países muçulmanos nos EUA, Macri bloqueio a passagem de cidadãos da Bolívia, Paraguai, Peru e Colômbia, sendo até comparada com o republicano. O presidente boliviano, Evo Morales, convocou nesta segunda-feira (30) o embaixador argentino em La Paz para exigir explicações sobre as intenções de Macri em endurecer as leis imigratórias

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