Após 286 dias a bordo da Estação Espacial Internacional, os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore retornaram à Terra na terça-feira (18), marcando o fim de uma missão que trouxe impactos visíveis em suas condições físicas. A exposição prolongada à microgravidade desencadeou mudanças fisiológicas significativas, fenômeno comum entre astronautas que passam longos períodos no espaço.As imagens capturadas antes e depois da missão evidenciam essas transformações. Em 1º de junho de 2024, momentos antes do lançamento em Cabo Canaveral, Williams, então com 59 anos, exibia um semblante otimista e alguns fios grisalhos. Já na foto de 18 de março, no resgate após o retorno à Terra, a astronauta aparece visivelmente mais cansada, com olheiras marcadas e traços faciais mais envelhecidos. Wilmore, por sua vez, estava determinado e sorridente ao se dirigir à plataforma de lançamento em junho de 2024. No registro de sua chegada em 2025, ele exibe uma expressão de cansaço, com linhas faciais marcantes e uma postura indicando dificuldade de readaptação à gravidade terrestre. A equipe de recuperação precisou auxiliá-lo no processo de saída da cápsula.Durante a missão, ambos enfrentaram as consequências típicas da exposição ao ambiente espacial: redução da massa muscular, perda de densidade óssea e alterações metabólicas. Na microgravidade, os ossos podem perder até 1,5% de sua densidade a cada mês, tornando-se mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Para minimizar esses impactos, os astronautas seguem uma rotina rigorosa de exercícios, combinando atividades aeróbicas e de resistência.Suni Williams ampliou seu recorde pessoal ao realizar duas caminhadas espaciais adicionais durante a missão, acumulando um total de 608 dias no espaço — o segundo maior tempo entre astronautas americanos, atrás apenas de Peggy Whitson. Seu tempo total em atividades extraveiculares chegou a 62 horas e 6 minutos. Já Wilmore adicionou 286 dias à sua experiência anterior, atingindo 464 dias em órbita.