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Ataques contra pontos de ônibus deixam um morto e 14 feridos em Jerusalém

Polícia de Israel classificou as explosões de 'ataques'; Hamas não reivindicou autoria dos atentados mas celebrou os acontecimentos

Internacional|Do R7

Membro das forças de segurança israelenses trabalha no local de uma explosão em Jerusalém
Membro das forças de segurança israelenses trabalha no local de uma explosão em Jerusalém

Dois ataques com bombas em pontos de ônibus em Jerusalém deixaram pelo menos um morto e 14 feridos nesta quarta-feira (22), anunciaram as autoridades de Israel.

Uma das explosões deixou 12 feridos, quatro deles em estado grave. O segundo incidente destruiu um ônibus e feriu três pessoas. A polícia de Israel classificou as explosões de "ataques".

A primeira explosão destruiu uma proteção de metal atrás do ponto de ônibus. "Ouvimos uma forte explosão. Imediatamente comparecemos ao local e observamos duas pessoas gravemente feridas, um adolescente de 16 anos e uma pessoa de 45 anos em uma calçada próxima ao ponto de ônibus", afirmou o socorrista Moshe Tobolsky.

Quando a polícia chegou ao local da primeira explosão, o segundo ataque foi ouvido em uma área próxima.


"Diferentes cargas explosivas foram colocadas nos dois lugares. Suspeitamos que foi um ataque coordenado", afirmou a polícia israelense em um comunicado. Uma fonte das forças de segurança afirmou à AFP que as bombas foram ativadas à distância.

O último atentado com bomba em Jerusalém havia acontecido em 2016, segundo o Serviço de Segurança Interna de Israel, Shin Beth.


"Terrorismo"

O primeiro-ministro Yair Lapid convocou uma reunião de emergência na sede do exército em Tel Aviv e informará a situação de Segurança a seu sucessor designado, Benjamin Netanyahu, que venceu as eleições legislativas de 1º de novembro.

Netanyahu, que foi primeiro-ministro de 1996 a 1999 e de 2009 a 2021, está em negociações atualmente com seus aliados dos partidos ultraortodoxos e da extrema-direita sobre a composição do futuro governo.


"Temos que formar um governo o mais rápido possível, porque o terrorismo não espera", disse Itamar Ben Gvir, líder da extrema-direita que deseja assumir o cargo de ministro da Segurança Pública. Ele pediu às autoridades uma operação de "assassinatos seletivos" de supostos terroristas.

Sem reivindicar a autoria dos atentados, o movimento islamita palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, "celebrou" os ataques, que chamou de "preço dos crimes e das agressões de Israel contra nosso povo".

Roubo de cadáver

Após os atentados fatais cometidos em Israel em março e abril, além de outras ações posteriores, o exército do Estado hebreu efetuou mais de 2.000 operações na Cisjordânia.

As incursões, que muitas vezes foram acompanhadas por distúrbios, provocaram as mortes de mais de 125 palestinos, o balanço mais grave na região em sete anos, de acordo com a ONU.

Durante a noite, as forças israelenses mataram um palestino em confrontos na cidade de Nablus, segundo o ministério da Saúde palestino.

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O exército do Estado hebreu informou que o corpo de um civil israelense de 18 anos, que morreu na terça-feira em um acidente de trânsito na Cisjordânia ocupada, foi "roubado" do hospital de Jenin, reduto das facções armadas no norte da Cisjordânia.

A ação não foi reivindicada de maneira imediata, mas fontes locais afirmaram à AFP que combatentes palestinos em um campo de refugiados próximo estavam com o corpo.

O sequestro de israelenses, vivos ou mortos, já foi usado como moeda de troca de grupos armados para pedir a libertação de prisioneiros ou a devolução dos corpos de companheiros falecidos.

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