Ataques de Israel já ‘quebraram’ quase metade dos batalhões do Hamas, diz Exército
Segundo as Forças de Defesa de Israel, as ações 'quebraram a eficácia' de dez dos 24 batalhões do grupo terrorista em Gaza
Internacional|Do R7
A eficácia de dez dos 24 batalhões do Hamas “foi quebrada”, anunciaram nesta segunda-feira (13) as Forças de Defesa de Israel (FDI). Esse foi o primeiro balanço das forças israelenses sobre os ataques lançados contra o grupo terrorista em resposta ao massacre perpetrado em 7 de outubro, que resultarou na morte de cerca de 1.200 pessoas — a maioria civil, entre mulheres, crianças e idosos — e no sequestro de cerca de 240 pessoas.
Segundo as FDI, o Hamas iniciou a guerra com 30 mil homens na Faixa de Gaza, distribuídos em cinco brigadas regionais, formadas por 24 batalhões, ou 140 companhias. Cada batalhão continha mais de mil homens.
Estimativas não oficiais anteriores ao conflito mostravam que a Jihad Islâmica Palestina tinha cerca de 10 mil combatentes, segundo uma reportagem do site Jerusalem Post.
Cada brigada do Hamas é dividida em conjuntos de habilidades específicas, incluindo aqueles que se especializam em disparar mísseis antitanque, atiradores de elite e engenharia. As brigadas são compostas de unidades navais (drones ou planadores motorizados, mas sem aeronaves) e unidades de batalha de manobra.
Além disso, cada batalhão tem centros de comando regionais e posições mais locais e em menor escala, que são o ponto focal de direção de suas operações.
Batalhões sem comando
As FDI estimaram o impacto que tiveram sobre as forças do Hamas durante aproximadamente cinco semanas de ataques aéreos e duas semanas e meia de invasão terrestre.
As forças israelenses citaram dois exemplos de batalhões do Hamas cuja eficácia foi prejudicada: o Shaati e o Daraj-Tuffah.
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Segundo as FDI, o batalhão Shaati perdeu 200 homens, entre eles muitos comandantes de batalhão e de companhia, bem como a maioria de seus centros de comando e posições de nível de batalhão e inferior.
Desde o tempo dos combates iniciais das FDI com o batalhão Shaati até vários dias depois, houve uma mudança notável e perda de eficácia, disseram fontes das forças israelenses.
Caos no Hamas
Segundo as FDI, o Hamas tinha um plano de batalha claramente sincronizado, orientado a emboscar as forças israelenses usando uma variedade de táticas e unidades especializadas.
No entanto, uma vez que vários comandantes do Hamas foram mortos, a coordenação se desfez, e as várias companhias deixaram de operar em uníssono. Às vezes, até mesmo grupos muito pequenos de forças do Hamas trabalhavam juntos, sem conhecimento nem conexão com os esforços de outras forças, disseram as fontes.
Além disso, mesmo quando alguns batalhões tentaram substituir comandantes perdidos por comandantes de outros batalhões, a perda de familiaridade e expectativas era aparente, e os batalhões não retornaram aos seus níveis anteriores de eficácia.
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