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Áustria propõe proibição de armas nucleares e recebe apoio de 159 países

Internacional|Do R7

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Áustria defendeu nesta terça-feira a proibição de armas nucleares, argumentando os efeitos humanitários catastróficos de tais armamentos, numa iniciativa que recebeu o apoio de 159 países até o momento.

O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, discursou numa conferência organizada a cada cinco anos para reavaliar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), de 1970.

"O único caminho para garantir que as armas nucleares nunca serão usadas novamente é por meio de sua total eliminação", disse Kurz a representantes dos 191 países que aderiram ao tratado, um acordo que se tornou referência no controle de armas no mundo.

"Todos os Estados compartilham a responsabilidade de evitar o uso de armas nucleares."


Diplomatas dos 159 países que apoiaram a proibição, apresentada antes do 70º aniversário do lançamento de bombas atômicas pelos EUA contra o Japão, afirmaram que a iniciativa foi projetada a partir de campanhas bem-sucedidas para proibir o uso de minas terrestres e outras armas, mas admitiram que pode levar anos até que a proposta avance.

A iniciativa não recebeu praticamente nenhum apoio entre as potências nucleares que assinaram o TNP ou dos membros com direito a veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) --Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China--, ou ainda dos país membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar que proporciona uma espécie de "guarda-chuva nuclear" como garantia de segurança a seus integrantes.


Mas a maioria dos 193 países membros da ONU apoiou a proposta.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança assinaram o TNP na condição de potências nucleares, embora o tratado previsse que eles negociassem uma redução e eventual eliminação de seus arsenais.


Estados não nucleares reclamam que poucas medidas efetivas foram tomadas em direção ao desarmamento nuclear.

(Reportagem de Louis Charbonneau)

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